Família protegida

Há pouco tempo, abordei a situação das mulheres que são vítimas de contínuas agressões dos companheiros e, em muitos casos, assassinadas. Dois dias após a publicação do texto, uma boa surpresa: em estudo há tempos, finalmente houve uma revisão da Lei Maria da Penha.

Agora, companheiros que forem proibidos de se aproximar da mulher, caso o façam, serão presos e poderão ser sentenciados à prisão. Esse é um bom começo para que a mulher se sinta protegida. Vamos acompanhar os noticiários para saber como se dará a aplicação da Lei na defesa da mulher. Lei que fica só no papel de nada vale.

Mesmo havendo algumas pequenas desavenças que não cheguem a provocar traumas, sofrimentos ou ressentimentos, em quase todos os casamentos, geralmente há outras circunstâncias marcadas pela agradável convivência do casal. E não foi diferente para determinado casal que completou sessenta anos de casamento e resolveu marcar a data com uma missa em ação de graças.

Durante a cerimônia, o sacerdote quis saber o segredo que fez o casal permanecer junto por tantos anos. O esposo explicou que ele e a esposa alternam os dias em que cada cônjuge manda: no dia em que ele manda, deixa a esposa fazer tudo o que ela quer. E no dia em que ela manda, ela também pode fazer o que bem entende. Esse era o segredo da longeva convivência pacífica.

Se a mulher, numa época machista, era chamada Rainha do Lar, hoje a visão é outra. Sabemos que ela é, e sempre foi, senhora de si. Mulheres e homens têm direitos e deveres; ambos trabalham, ambos têm responsabilidades dentro e fora do lar; seja numa empresa, seja na educação dos filhos, seja na vida em sociedade.

Para que haja harmonia a dois, a melhor lei é a do respeito mútuo. E é bem mais fácil alcançar essa harmonia se ela se estabelecer como consequência do amor a si mesmo e ao próximo. Se todos chegássemos a esse estágio, não haveria a necessidade da criação de leis como a Maria da Penha e muito menos da revisão dessa lei.