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As loiras

Um adequado detalhe: fique claro que a intenção de qualquer partido é assegurar a eleição

Gustavo Hoffay
Publicado em 06/04/2018 às 22:21Atualizado em 16/12/2022 às 05:01
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Um adequado detalhe: fique claro que a intenção de qualquer partido é assegurar a eleição do maior número possível de seus filiados, perante uma massa heterogênea de pessoas e sequiosa de progresso e ordem. O importante é fazer chegar “lá”, ao trono de algum suntuoso palácio, uma associação unida por interesses comuns e os quais garantam, de alguma forma, boa dose de serventia a um grupo de privilegiados no grande teatro da cobiça. E o poder político, com os seus atores e figurantes, não é ou raramente foi a fonte de desejáveis realizações pretendidas pelos eleitores. Ipso facto um partido político escolher como seus candidatos alguns personagens popularmente conhecidos e adorná-los com bandeiras que defendam o fim do desemprego, o combate à violência, escola para todos e a oferta de moradias e medicamentos a preços populares, ou seja, o óbvio! Então, trabalha-se para colocar “lá” um famoso ex-craque do futebol, uma ex-dançarina de programas de auditório, um famoso ex-astro do Cinema ou da TV e que cada um, ao seu modo, diga sempre aos seus possíveis futuros eleitores frases presumíveis e inalteráveis. Junte-se a isso uma necessária e bem feita campanha de marketing e... fim. Está pronta a receita para a eleição de futuros fantoches a serem manipulados por seus respectivos partidos. É claro que existem algumas e ótimas exceções e em todos os partidos políticos, mas é regra geral em cada um deles a prioridade de se escolherem candidatos de média ou grande popularidade, que, eleitos, serão apresentados ao óbvi – “Você é empregado do nosso partido e fará o que mandarmos”. Daí, evidentemente, o convite de partidos políticos a pessoas do meio artístico e do meio esportivo a se candidatarem sob suas legendas e a magnitude de movimentos partidários em torno de candidatos muito populares serem algo indiscutível; eu diria que chega a ser impressionante. Sim, pois ali, possivelmente, se encontra quem deverá ceder às exigências do partido e sob pena de exclusão daquela agremiação à qual está política e ideologicamente ligado. Por isso assistirmos ao palhaço Tiririca, ao cantor Agnaldo Timóteo e ao índio Juruna (em assembleias passadas), ao “big brother” Jean Wyllys, ao boxista Popó e a outros que, além de “puxadores de voto”, são manipulados pela sigla partidária que os acolhe, cobra, cobiça e lidera. E, com a aproximação de novas eleições, surge agora o apresentador Luciano Huck como um possível candidato da ética e dos bons costumes, respaldado por um megaesquema midiático e com grande poder de manipulação. Vindo a ser candidato e alcançando o trono do Planalto Palace, teríamos a Angélica como Primeira-dama, substituindo outra loira, de nome Marcela Temer. Uau! Bem que o Brasil andava precisando de fortes emoções. Isso é o que chamo de país das oportunidades. 

(*) Agente Social

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