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Pensamento

Composta e gravada pelo gaúcho Lupicínio Rodrigues, a música Felicidade foi interpretada

Mário Salvador
Publicado em 03/04/2018 às 21:35Atualizado em 16/12/2022 às 05:06
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Composta e gravada pelo gaúcho Lupicínio Rodrigues, a música Felicidade foi interpretada, dentre outros, por Caetano Veloso, Sérgio Reis, Zezé di Camargo e Luciano, e Adriana Calcanhotto.

“A minha casa fica lá detrás do mundo/ onde eu vou em um segundo quando começo a cantar./ O pensamento parece uma coisa à toa,/ mas como é que a gente voa/ quando começa a pensar...” Essa letra nos suscita uma série de reflexões, mas o mote sobre o qual ela me levou a pensar é “o pensamento”.

É muito improvável parar de pensar. E um pensamento vai inspirando outro, e com ele “a gente voa”, como revela a música. Nosso cérebro – que, nesse ponto, ainda vai além do maravilhoso computador – em geral está ruminando algo. E é isso propriamente o que ocorre na minha cabeça quando começo a matutar no assunto sobre o qual escreverei em cada semana para os leitores. Vocês, meus caros, fazem-me pensar demais.

Então, pesquisando, pensando, vou alinhavando, tecendo, costurando e bordando meus textos. E sempre pensand O que os leitores pensarão sobre meus argumentos? Ou seja, além de eu pensar para escrever, penso qual será o pensamento do leitor sobre o texto, uma preocupação de qualquer escritor.

Enquanto o pensamento voa, nós o vamos direcionand família, amigos, obrigações, lazer, espiritualidade, saúde, futuro, presente, passado, aspirações, alegrias e tristezas, dúvidas e certezas, encontros festivos, visitas, vida... Chega!

É complexo nos concentrarmos num assunto só. Mas isso é possível, com técnicas que acalmam a mente, melhoram nosso equilíbrio interno e a qualidade de vida. Dentre elas, yoga e mindfulness (em português, “atenção plena”). Meditar, conforme ensinam as técnicas meditativas orientais, é uma forma de conhecer e dominar nossa mente, em vez de deixarmos que ela nos domine.

Embora seja plausível preencher as páginas do jornal com conjecturas, é certo que não é razoável redigir um texto longo para um periódico. Artigos longos são desanimadores para o leitor. Além disso, obedeço a regras estabelecidas pelo Jornal da Manhã, ou, com certeza, receberei uma chamada. Então, quando meu pensamento divaga, eu aviso a ele: “Rapaz, cuidado aí. Melhor pensar no caso.”

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