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Páscoa 2018

Jesus morreu na cruz. Teve algumas causas que o levaram a isso, entre elas sua fidelidade ao projeto do Pai...

Dom Paulo Mendes Peixoto
Publicado em 30/03/2018 às 08:12Atualizado em 16/12/2022 às 05:10
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Jesus morreu na cruz. Teve algumas causas que o levaram a isso, entre elas sua fidelidade ao projeto do Pai, sua luta pela justiça e a força do amor. Ele foi julgado injustamente, mas a justiça de Deus evidenciou sua inocência e O ressuscitou no terceiro dia. A partir daí, surge uma vida nova, não sujeita mais aos sofrimentos da morte, mas ao encontro amoroso com o Pai, na eternidade.

A plenitude da vida, alcançada no alto da cruz, é causa de esperança para aqueles que vivem angustiados e marcados pelos sofrimentos da vida presente. É a esperança que a Páscoa oferece para todos que a buscam de coração sincero e aberto à graça de Deus. É, ainda, a certeza de que o bem eterno é superior a todos os valores conquistados na vida presente.

O modo de vida de Jesus na terra foi totalmente marcado pela prática da doação e de atos em benefício das pessoas. Ele sempre fez o bem sem distanciar da fraternidade para com todos. A discriminação não era seu jeito de ser. Não praticava a violência e nem a desonestidade, tornando-se modelo de vida para todas as pessoas. A Páscoa é um constante crescimento no seguimento de Jesus.

O Tempo da Páscoa começa no primeiro dia da semana, isto é, na primeira feira, que não existe no nosso calendário. Esse dia foi substituído pelo domingo, dia do Senhor. Isso deixa transparecer um sinal de eternidade, para dizer que a ressurreição significa entrar na vida eterna de Deus. Aí está o sentido da Celebração da Eucaristia no dia de domingo, fazendo antecipar, no tempo, a eternidade.

O grande sinal de vida que vem da Páscoa é o amor, mas vivido na comunidade dos discípulos que colocam em prática os ensinamentos do Evangelho. Não basta fazer festa com presentes de amizade, mesmo sabendo que eles também são importantes para unir as famílias e as pessoas. O foco principal é Jesus Cristo como presente que consegue dar sentido verdadeiro para o ser humano.

A Ressurreição e a Páscoa não são palavras para ser pensadas no futuro, como se fosse para o fim da vida. Devem ser vivenciadas nos dias de hoje, na vida concreta do cristão. Nelas está contida a mensagem de conversão constante, que começa já no cotidiano, no encontro pessoal com Jesus Cristo, já fazendo a experiência da ressurreição. Assim podemos dizer: Feliz Páscoa!

Dom Paulo Mendes Peixoto

Arcebispo de Uberaba

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