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Uma nova Guerra Fria?

Uma nova Guerra Fria foi declarada ao mundo, ao estilo daquela travada entre Estados Unidos

Paulo Leonardo Vilela Cardoso
Publicado em 21/03/2018 às 10:13Atualizado em 16/12/2022 às 05:25
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Uma nova Guerra Fria foi declarada ao mundo, ao estilo daquela travada entre Estados Unidos e União Soviética após a Segunda Guerra, e que pode hoje ameaçar a economia global, caso a situação diplomática entre Reino Unido e Rússia não se resolva nas próximas semanas.

Tal fato tornou-se evidente após Grã-Bretanha e Rússia terem expulsado, reciprocamente, 23 diplomatas dos respectivos territórios, mediante a comprovação de que as forças de inteligência russas participaram, dentro do território britânico, do envenenamento de um ex-agente tido como traidor, ao ponto de atingir o nível idêntico daquele vivido e representado por Hollywood, no estilo 007. Tal ocorrência, vale lembrar, provocou imediata reação do Reino Unido e de seus principais aliados, Estados Unidos, Alemanha e França.

Como se não bastasse, o governo russo ordenou a suspensão das atividades do Conselho Britânico em seu território, além de retirar autorização para a abertura de um consulado em São Petersburgo.

D’outro norte, a Rússia arregaça suas mangas e mostra poder bélico na Síria, logo após aliar-se ao ditador Bashar Al-Assad, fazendo com que a capital, Moscou, se tornasse o principal pilar de sustentação no combate aos grupos rebeldes ligados ao Estado Islâmico e à Al-Qaeda, que pedem a saída do ditador Assad. A Força Russa, basta lembrar, está instalada na Síria, em contato com as fronteiras do Iraque, Líbano, Jordânia e Israel, frente às tensões ali instaladas há décadas.

A base de tudo isso é a ampliação do domínio econômico mundial, onde os russos, aliados aos chineses, acampam-se em outros países de menor potencial, de forma a alongar as suas bases, confrontando com as mesmas atitudes lançadas pelas forças ocidentais, e lideradas pelos Estados Unidos.

O Brasil, basta lembrar, sentiu na pele a intervenção do mercado mundial, e das forças de inteligência, quando foi obrigado a adotar mecanismos de controle na principal empresa de petróleo do nosso País, a Petrobras.

Enfim, enquanto a economia global trabalha em regime de 24 horas, aqui no Brasil, ao som do samba e dribles de futebol, não se consegue  resolver os problemas com a corrupção e a segurança. Ao contrário, por aqui caminhamos em uma guerra “gelada”, regada a cerveja, tiros e propinas. Esse é o nosso “Estado Democrático de Direito”, ora, pois!

(*) Paulo Leonardo Vilela Cardoso

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