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Segurança, segurança! Abre as asas sobre nós...

Em agosto de 2017, por ocasião da visita do ministro da Justiça, Torquato Jardim, fiz um artigo com o título (In)Segurança Pública...

Karim Abud Mauad
Publicado em 26/02/2018 às 07:40Atualizado em 16/12/2022 às 01:41
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Em agosto de 2017, por ocasião da visita do ministro da Justiça, Torquato Jardim, fiz um artigo com o título (In)Segurança Pública. Abordei vários aspectos importantes do tema, pensando em nação, Estado e município. Ato contínuo após os lamentáveis episódios do malfadado 06/11/2017, quando cenas do cangaço do século XXI nos aterrorizaram, citei todas as preocupações no artigo Tiros e Livros, novamente assustado com nossa incompetência para lidar com o crime organizado.

Os últimos acontecimentos no país que culminaram com a intervenção das forças armadas no Rio de Janeiro demonstram de forma cabal que o desgoverno no estado é total. Várias séries de televisão e alguns filmes tratam de países dominados pelos narcotraficantes, como Colômbia, México, para ficarmos nos mais notórios. Mas o dilema atual do Brasil não é diferente; somos ou não um Narcopaís?

E esse dilema atormenta a nação em sua totalidade, não poupando nenhum estado ou cidade, independente de poder econômico, população, áreas urbanas ou rurais, enfim, o sossego e o lugar pacato deixaram de existir, os brasileiros de melhor posse começam a deixar o país e ou preparar seus descendentes para que o façam. No meu humilde entendimento, começa a derrocada da nação. O crime parece estar vencendo, ou de fato está vencendo. Aqui, tanto faz ser afirmação ou interrogação, o resultado para o cidadão é o mesmo, medo, terror e desesperança. E isso com prejuízos emocionais, físicos, materiais para todas as pessoas. O país se rende impotente a essas inúmeras situações que acontecem lá no Rio, em São Paulo, no Ceará, e chega de forma maciça à nossa Uberaba. É ESTATÍSTICA, é fato. O que fazer?

Como podemos reagir a isso? Como podemos nos unir para sobreviver a esse descalabro instituído? Deixando picuinhas, individualismos, rixas políticas de lado e, com uma agenda suprapartidária, unirmos todas as forças e esforços possíveis para dar um basta nessa situação. UBERABA poderia dar o exemplo.

Um comitê amplo de gestão da crise de segurança pela qual passamos aqui. O como fazer é simples; compete à autoridade máxima do munícipio convocar os atores envolvidos da área pública (principalmente judiciário, políticos e polícias), iniciativa privada, sociedade civil, e trabalhar diuturnamente nas causas e efeitos desse estado deplorável em que vivemos. População unida, sensibilizada, liderada por quem de direito daria as respostas que precisam ser dadas. Ainda não somos um Estado sem lei, mas até quando? Cada um de nós foi, teve alguém próximo, ou teme ser a próxima vítima.

Não quero ter de escolher entre a polícia e a milícia, muito menos ter de suportar os caprichos da bandidagem. O assunto é recorrente, não começou ontem, não se agravou hoje, mas precisa ser enfrentado para termos um novo amanhã.

Não precisamos nos exacerbar e travar guerras nas redes sociais; temos, sim, que agir enquanto é tempo. Não podemos nos intimidar e acovardar. União de todos sempre. Temos que dar o exemplo.

Para fechar e evitar qualquer polêmica desnecessária, sonho com o dia em que poderei voltar a comer pão com mortadela, coxinha e outros quitutes sem culpa e ideologia. Amo Uberaba, quero que isso seja aqui. E pode ser. Eu acredito, afinal sou colorado e corintiano.

Karim Abud Mauad

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