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Afinal é Carnaval

Como bem comentado nos primeiros dias do ano já estamos no Carnaval, logo teremos Copa do Mundo, Eleições e 2019

Karim Abud Mauad
Publicado em 12/02/2018 às 08:27Atualizado em 16/12/2022 às 06:24
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 Afinal é Carnaval

Como bem comentado nos primeiros dias do ano já estamos no Carnaval, logo teremos Copa do Mundo, Eleições e 2019.

Nesta segunda-feira de momo, ruidosamente comemorada, muitos estão na folia, mas uma grande maioria está em casa ou em outro tipo de lazer menos efervescente.

As tradicionais Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Florianópolis aproveitam bem esta data e faturam com o turismo carnavalesco. São Paulo, Belo Horizonte, começam a investir neste filão.

Isto sem falar nas cidades históricas mineiras a começar por Ouro Preto, que usam esta época para angariar recursos com a folia.

Percebo o Carnaval hoje, assim como o futebol, restrito aos grandes centros, cidades históricas e litorâneas e aos pequenos municípios onde a sensação de segurança é maior e as famílias com crianças, principalmente, preferem passar este momento.

Onde o Carnaval era forte nos salões dos clubes esta fase já acabou e os saudosistas como eu, ficam lembrando dos bailes da Associação, do Sírio, do Jockey; bons tempos que não voltam mais! E assim como no futebol, perdemos todos.

A violência urbana, a escassez de recursos, o descaso com a tradição, onde assistimos passivos símbolos de outrora se quedarem aos tempos atuais, esta situação muito nos incomoda, pois uma cidade estudantil como Uberaba, precisava estimular a volta dos blocos de antigamente, blocos universitários, dos Palhaços, Maria Giriza. Por outro lado, poderiam estimular nossas escolas de samba a se unirem com as coirmãs de outros centros para dinamizar nosso período de momo. Seria bom para todos. Um caminho interessante é a busca por parcerias; não creio ser obrigação apenas do poder público, aliás a ele caberia estimular e induzir o processo. O envolvimento do poder público com a sociedade civil faria bem à cidade. Fica a sugestão, afinal é Carnaval, ainda não estamos na quarta–feira de cinzas. Uma cidade que ao longo de sua história de quase duzentos anos, sempre primou por estes valores, deveria pensar como fazer sem onerar os cofres do município. Quem sabe a comissão criada para pensar os eventos dos 200 anos, acha a fórmula para este renascer festivo por aqui!

A volta dos shows na ABCZ pode ser fonte inspiradora para o processo. Repito, é apenas uma sugestão, pois percebo o uberabense está ansioso por retomar este caminho. Como falei de futebol, não custa lembrar que o USC estreia no módulo B dia 17 agora, e carrega a expectativa da volta à elite do futebol mineiro; quem sabe conseguimos o feito ainda nas comemorações do Centenário! Vamos sonhar e também agir para isto acontecer. Torcedor prestigie o time nos jogos aqui.

Voltando ao mundo dos fatos reais, parabenizo ao Hospital Dr. Hélio Angotti e a todos os que trabalharam pela rede HCT (Hospitais do Câncer do Triângulo), e seu arrojado desenho regional, para que também na área da saúde possamos voltar aos bons tempos de outrora. A vinda do Ministro Ricardo Barros na sexta, 09 de fevereiro, véspera de carnaval, movimentou a cidade e região, fazendo Uberaba perceber sua importância como cidade polo. Tomara que todos os ventos soprem para o mesmo lado, que o conjunto reme a favor. Afinal é Carnaval...

Karim Abud Mauad - [email protected]

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