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O Brasil aguarda curioso o resultado do julgamento em segunda instância de um ex-presidente

Márcia Moreno Campos
Publicado em 21/01/2018 às 10:19Atualizado em 16/12/2022 às 07:03
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O Brasil aguarda curioso o resultado do julgamento em segunda instância de um ex-presidente da República condenado por corrupção e lavagem de dinheiro por um juiz de Curitiba. Até aí normal, não fosse o fato de esse mesmo condenado estar pleiteando, a despeito de tudo, um novo mandato como presidente do país. Independentemente do veredito, o que se tem que colocar na balança é o que ele fez e o que se propõe a fazer se de novo for reconduzido ao posto. Pois bem. Vamos analisar. Lula assumiu um governo com inflação controlada e no caminho certo ao desenvolvimento. A princípio, seguiu as regras até substituir o ministro da Fazenda, que caiu por corrupção, e o escolhido enfrentou uma crise mundial em 2008 e adotou como medida básica para superá-la o aumento do gasto público para que tivesse efeito tão forte sobre o crescimento econômico que ele se autofinanciaria. O que se produziu foi uma verdadeira farra fiscal, que hoje cobra seu preço. Atraído pelos holofotes da fama, o ex-presidente se empenhou como poucos para conseguir um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e, com essa desculpa e por motivos agora esclarecidos, financiou obras em vários países com dinheiro público. Esses empréstimos concedidos pelo BNDES a empreiteiras brasileiras somaram 440 bilhões e contemplaram países como Angola, Venezuela, Argentina e República Dominicana. Tais empréstimos não foram pagos e hoje o governo cobra do banco a devolução imediata de 180 bilhões, que sairão dos nossos impostos. Lula, logo após a descoberta do pré-sal e antes sequer de viabilizá-lo, criou uma estatal, a Sete Brasil, cabide de emprego para os companheiros. Hoje essa empresa está falida e deve milhões. Sorte semelhante teve a Empresa Brasil de Comunicações (EBC), também por ele criada, que amarga índices de apenas um ponto de audiência, apesar de contar com 2.500 funcionários e ter um gasto anual de R$680 milhões. Tudo isso sem falar dos elefantes brancos construídos para sediar a Copa do Mundo, em mais uma atitude megalomaníaca e inconsequente do mandatário de um país carente em áreas cruciais como saúde, educação e segurança. Para coroar suas obras, realizou um grande feit a tomada de três pinos, quase sem igual no mundo.

Mas, alguém pode dizer que ele aprendeu com os erros. Quem dera? Continua pregando mais do mesmo, ou seja, utilizar as reservas do país e aumentar o crédito. São suas únicas propostas. Expoente de uma esquerda raivosa, retrógrada e sem criatividade, bate sempre na mesma tecla com discursos de ódio, ataques e ameaças a adversários, embora afirme na maior cara de pau que se eleito vai pacificar o país. Justo ele que foi o presidente que mais estimulou a luta de classes.

“Os que não conseguem se lembrar do passado estão condenados a repeti-lo.” É alto o preço que se paga pelas mistificações. Hora de virar a página.

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