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Reforma

Ano chegando ao final e nos deixando memórias de palavras ditas e repetidas ao longo

Márcia Moreno Campos
Publicado em 24/12/2017 às 10:05Atualizado em 16/12/2022 às 07:51
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Ano chegando ao final e nos deixando memórias de palavras ditas e repetidas ao longo de doze meses, com destaque para corrupção, delação e reforma. Discutimos reforma trabalhista, reforma da Previdência, reforma tributária, reforma política e outras, em um claro aceno de que tudo, ou quase tudo no Brasil precisa ser reformado. O velho e gasto sistema político perdeu fôlego e tem dificuldade para sobreviver aos anseios por moralidade, eficiência, transparência e honestidade. O jogo do “engana o eleitor” está manjado demais e as manobras estão sendo descobertas e abatidas graças a bravos investigadores do Ministério Público, Polícia Federal e destemidos juízes de primeira instância. Muito ainda há que ser feito, mas acredito que bons tempos estão por vir.

Porém, a maior de todas as reformas é a reforma do ser humano. Reformar conceitos e valores é tarefa árdua que demanda sacrifícios e vigilância. O mundo evoluiu tanto em tecnologia e ficou devendo outro tanto em compaixão e solidariedade. O ano de 2017 ficou marcado por atos de violência em nome de uma causa ou ideologia, intolerância, preconceitos, deportação de imigrantes, massacres de inocentes. Atitudes extremas tomaram conta do planeta Terra e a sede de poder não poupou vidas. Atos de corrupção são devastadores. Cada centavo desviado vai fazer falta para um atendimento médico de urgência, uma construção de creche, um equipamento de manutenção da segurança pública. Os seres humanos estão cada dia mais insensíveis. Gentileza virou exceção. A indiferença quando mostra sua cara causa danos irreversíveis. Não se pode terceirizar indignação e responsabilidade. Cada um de nós tem seu papel no mundo e sobre ele seremos cobrados no futuro. A descrença e a maldade ocuparam seus espaços, alheias ao exemplo deixado por Cristo. E ao comemorarmos o seu nascimento, desejo que a fé e a esperança não morram nunca nos corações dos homens. Que a bondade prevaleça, que o respeito pelo próximo e pelo Planeta sejam a tônica a nos guiar, e que pequenos gestos de afeto, compreensão e caridade tornem-se corriqueiros nos dias do ano novo que se prenuncia.

Agradeço a todos que me leram em 2017 e desejo um Feliz Natal

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