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Publicidade

Publicidade é a alma do negócio. A frase é tão velha quanto esta comparação: esperta é a galinha...

Mário Salvador
Publicado em 28/11/2017 às 08:01Atualizado em 16/12/2022 às 08:43
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Publicidade é a alma do negócio. A frase é tão velha quanto esta comparaçã esperta é a galinha, que bota o ovo e anuncia seu produto; já a pata não faz nenhuma divulgação de seu ovo.

Comerciais já foram feitos em rádios e jornais, apenas. E espalhavam-se notícias verbalmente, às vezes na base do “quem conta um conto aumenta um ponto”. Hoje, temos o rádio (ainda firme e forte), TV, jornais, revistas, redes sociais e vários recursos na internet. E o governo federal aplica somas exageradas em publicidade, ocupando esses espaços a fim de divulgar aos brasileiros os feitos atuais e futuros (usando dinheiro do povo nos feitos e nas propagandas). Tive a pachorra de consultar o quanto o governo federal gastou em propagandas em 2016. Um bilhão e seiscentos milhões de reais! E neste ano os gastos publicitários federais ultrapassarão esse montante.

Basta registar, por exemplo, que, ao custo de treze milhões de reais, seria feita uma campanha para mostrar a necessidade de modificar a Previdência Social. Depois de verificar que não seria fácil aprovar as medidas preconizadas para afligir os aposentados (e quem estava prestes a se aposentar), o governo aumentou a publicidade a fim de mostrar a necessidade da reforma previdenciária. Com isso já foram gastos cem milhões de reais. Porém, essa conta ainda não fechou.

O governo mineiro, por sua vez, deve ser o melhor cliente de agências de propaganda. É fácil constatar isso, pois a cada intervalo de qualquer programação, em qualquer emissora de TV, há alguma propaganda do governo mineiro. Temos a impressão de que ele gasta em publicidade mais do que em obras. Também os governos municipais, em menor escala, propagandeiam seus feitos. Poderiam economizar e deixar que o povo espalhasse as notícias.

É urgente a criação de lei que regulamente a veiculação de propagandas do governo. São vários os produtos cuja propaganda hoje é regulamentada, em benefício de toda a população. É o caso, por exemplo, das propagandas de cerveja, que trazem sempre algum alerta como este: “Beba com moderação”.

Moderação é a chave para o dinheiro não faltar no que diz respeito ao que realmente interessa ao povo. Diariamente, temos notícia de produtos e serviços dos quais o povo precisa. Não existe lógica em gastar com publicidade quando falta o básico ao povo.

Não é necessário mais do que uma publicidade ao final de cada mandato. E essa publicidade poderia, inclusive, mostrar o quanto o governo economizou não fazendo publicidade, numa comparação com governos anteriores. Aceitar essa proposta é demonstrar consideração pelo povo. Uma atitude ética seria suficiente para o governo agir com moderação, sem precisar de lei que regule a propaganda daquilo que ele fez. Está feita a sugestão.

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