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A política perdeu o brio!

Sei que escrever sobre política é adentrar em um emaranhado de fatos e atos que tornam árdua a explanação. É como trilhar caminhos escorregadios e perigosos...

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 27/11/2017 às 07:31Atualizado em 16/12/2022 às 01:54
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Sei que escrever sobre política é adentrar em um emaranhado de fatos e atos que tornam árdua a explanação. É como trilhar caminhos escorregadios e perigosos.

Os mais velhos sempre dizem que jamais devemos discutir sobre religião, futebol e política, pois cada um tem a sua visão sobre esses assuntos e dificilmente haverá acordo. Por outro lado, deixar de escrever sobre esses temas, será um ato de alienação.

Assim, como estamos em um ano pré-eleitoral, já constatamos os exageros que brotaram de todas as partes deste rincão tupiniquim, visando ganhar, mais uma vez, a “confiança” e, é claro, o sagrado voto.

Posso afirmar com todas as letras que não existem inocentes nesse barco. Todavia, alguns setores da grande mídia nacional e mesmo as regionais deverão assumir posturas de tal forma explícitas por uma candidatura (tentando de todas as maneiras interferir na vontade popular), que não restará outro caminho que não seja impor regulamentos para a mídia.

Minha preocupação vem ao saber que somos o único país do mundo em que, apenas meia dúzia de famílias domina praticamente 70% dos veículos de comunicação de abrangência nacional; Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho, da Globo; Roberto Civita, da Abril; Silvio Santos, do SBT e Edir Macedo, da Record.

A campanha para as eleições de 2018 já está nas ruas de forma escancarada, principalmente daqueles que querem continuar “mamando nas tetas” dos cofres públicos, mas continuo afirmando que, se queremos realmente mudar o Brasil, devemos buscar o novo, não votando em quem tem ou teve mandato eletivo.

Pelas negociatas para segurar um chefe maior da nação acusado de corrupção, assim como trazendo de volta um senador pego com a “mão na mala de dinheiro sujo”, apresentando desculpas esfarrapadas, cada vez mais fica evidenciada a onda de interesses e as guerras estabelecidas em nossa política nacional e regional. Todos pensam apenas em seus bolsos e em suas prováveis reeleições.

Está evidente que a política perdeu o brio e o respeito ideológico. Hoje prevalece o toma lá dá cá. Mas, ainda há quem acredite que uma fala mansa e propaganda enganosa podem significar uma repaginação política.

Estamos carecas de saber que não haverá repaginação alguma. A mamata vai continuar, a corrupção continuará aumentando, o Brasil continuará a ser visto como a Terra do Carnaval, do Futebol e da Cachaça (ainda mais depois do ex-presidente, Molusco da Silva, idealizador e apoiador do atual mandatário da República).

Vamos ser otimistas! O Brasil tem jeito, o que não tem jeito sou eu e você, que vemos a gasolina aumentar semanalmente, a BR-262 não duplicar e ainda cobrar pedágio, um aeroporto e hospitais sem condições dignas e não agimos.

Por isso, “vamos mudar que o Brasil muda”, como diz o eng. José Ribeiro. Vamos mudar o Brasil não votando em quem tem ou teve mandato eletivo.

(*) Marco Antônio de Figueiredo

 

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