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Os sem noção

O discurso pedagógico de um grupo da sociedade brasileira que não conhece e nem tão pouco...

Solange de Melo M. N. Borges
Publicado em 19/10/2017 às 20:22Atualizado em 16/12/2022 às 09:43
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O discurso “pedagógico” de um grupo da sociedade brasileira que não conhece e nem tão pouco é especializado em textos e práticas educativas está conseguindo influenciar a elaboração e a implementação da política educativa oficial através da aprovação da Base Nacional Comum Curricular, que inclui, apesar de rejeitada pelo Congresso, a diabólica ideologia de gênero.

É para refletir e exigir dos congressistas que não homologuem tal documento da Base Nacional com a inserção autoritária dessa tentativa de provocar ainda mais desequilíbrios no seio da família brasileira. Essa pesada carga é relevante, precisamente porque tenta aprofundar ligações entre a sexualidade e a opção por esta ou aquela categoria de gênero associadas com o processo de formação e maturidade da criança e do jovem. Afetados por influências externas, com ênfase na infância, a realização de um programa educativo dessa natureza pode ser catastrófica para o desenvolvimento afetivo dos jovens.

O Ministério da Educação, ao invés de envidar esforços para definir prioridades consideradas importantes na geração de efeitos socioeconômicos positivos, privilegia uma cultura normativa que é contrária aos melhores princípios éticos e morais. Ao mesmo tempo, a Lei Rouanet destina milhões para uma “exposição” cuja principal peça se constitui num homem nu, deitado e sendo acariciado por uma criança!!! Arrepios. Nojo. Quem é a mãe dessa criança?

Parece-nos legítimo questionar a desatenção da União aos direitos de cidadania, neste caso em particular à liberdade de exercer a sexualidade de acordo com os atributos do nascimento, ou seja, homem e mulher, bem como o de, na idade adulta, optar por um deles. O real perigo é a imposição de ensinamentos que deixam uma enorme confusão na cabeça das crianças, traduzindo-se numa angustiante busca de identidade pela forma como foi tratada durante o período mais vulnerável da formação do ser humano.

Importa também lembrar que uma das preocupações subjacentes aos direitos da criança é que tais “produtos intelectuais” ferem de morte a CF/88 que diz no seu art. 227: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.

As nossas autoridades, de todas as cores, instâncias e credos, não estão tomando providências quanto ao descumprimento da Lei maior do país no que diz respeito à criança e ao adolescente, seres vulneráveis a esse discurso hediondo, e suas manifestações “artísticas” nojentas e reprováveis sob o crivo do menos cuidadoso ser humano frio e insensível? O Estado brasileiro parece estar a quebrar-se face a ameaça grave de risco social numa magnitude nunca imaginada! Estas questões dizem respeito à proteção contra os efeitos da irresponsabilidade de um bando de violentos e inescrupulosos defensores da pedofilia internacional. É crime inafiançável, hediondo! É preciso reagir contra as explosões cada vez mais incontroladas dessa violência, não apenas ameaçar.

Afinal, todos temos ausência de direitos mínimos universalmente garantidos, mas, sabendo-se urgente proteger os nossos pequenos cidadãos da predação moral e dos seus efeitos desastrosos, resistência, denúncia e exigência de tomada de decisões prontamente são oportunidades de barrarmos os efeitos corrosivos dessa perversa “ideologia”.

(*) Professora, mãe, tia, amiga

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