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Falando de criminosos

Como explicar os crimes de Las Vegas, USA, e Janaúba, Brasil? Ao nos deparamos com mortes...

Sandra de Sousa Batista Abud
Publicado em 12/10/2017 às 19:17Atualizado em 16/12/2022 às 09:52
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Como explicar os crimes de Las Vegas, USA, e Janaúba, Brasil?

Ao nos deparamos com mortes sem sentido como estas, é natural que busquemos explicações científicas, filosóficas ou psíquicas, na ânsia de encontrar os motivos de tais atos.

A história da humanidade está repleta de crimes hediondos. Relatos de tais crimes são tão antigos quanto a civilização. Entretanto a personalidade destes criminosos passou a ser estudada mais profundamente somente a partir de 1930, na Alemanha. Nesta época, o psiquiatra Karl Berg fez a 1ª entrevista com um serial killer, Peter Kurten, descrito como uma pessoa amável que, no entanto, ficou conhecido como o Vampiro de Dusseldorf, por ter assassinado e mutilado oito mulheres, inclusive crianças e adolescentes.

O termo “serial killer” foi criado pelo criminalista norte-americano Robert Ressler, especialista em crimes violentos, que, há décadas presta consultoria à FBI. Ressler dividiu esses criminosos em três categorias: aqueles que sofrem de psicoses e apresentam sintomas de esquizofrenia, como escutar vozes e sofrer de alucinações; aqueles que sentem um prazer sádico em planejar metodicamente o que antecede e o que sucede à morte de suas vítimas; aqueles que apresentam as duas características anteriores.

O psiquiatra James de Burguer acrescenta uma outra característica a estas: os que acreditam que estão livrando a sociedade de ameaças ou de desvios de conduta moral, como prostitutas e homossexuais.

Segundo Kurt Schneider, psiquiatra divulgador do termo “psicopata” nos anos 1940, estes indivíduos teriam como traço mais marcante o uso exclusivo de suas faculdades racionais em detrimento da afetividade, ou seja, aquele que usa as pessoas para obter poder, status, diversão, prazer... tendo um “querer” patológico. Segundo ele, uma a cada 25 pessoas possui algum traço de psicopatia e destes, a cada quatro indivíduos psicopatas apenas um seria mulher, ainda sem explicação científica para o fato.

Interessante pesquisa feita por psicólogo da Universidade de Oxford aponta que os Presidentes de empresa são líderes em psicopatia e contadores vêm em último. Profissões com maior % de psicopatas: 1º - Presidente de empresa; 2º - Advogado; 3º - Apresentador de rádio e TV; 4º - Vendedor; 5º - Cirurgião; 6º - Jornalista; 7º - Policial; 8º - Pastor; 9º - Chefe de cozinha, e 10º - Funcionário público. Profissões com menor % de psicopatas: 1º - Cuidador de idosos; 2º - Enfermeiro; 3º - Terapeuta; 4º - Artesão; 5º - Esteticista; 6º - Voluntário; 7º - Professor; 8º - Artista; 9º - Médico, e 10º - Contador.

Qual é o perfil patológico destes assassinos atuais, o americano nos Estados Unidos e o brasileiro? Semelhanças patológicas e divergências econômicas como país rico e país pobre, criminoso armado com metralhadora e criminoso armado com álcool e gasolina? Pequenas ou grandes diferenças?

(*) Psicóloga clínica

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