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Presente aos pais, aumento de impostos!

Estava com a ideia pronta para o artigo desta quinzena, que gostaria tratasse do Dia dos Pais,

Karim Abud Mauad
Publicado em 14/08/2017 às 07:24Atualizado em 16/12/2022 às 11:14
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Estava com a ideia pronta para o artigo desta quinzena, que gostaria tratasse do Dia dos Pais, uma data além do apelo comercial, que me faz refletir sobre a ausência e a imensa saudade do meu próprio pai, amigo de uma vida, há 32 anos vivendo na plenitude de Deus e, também, lembrar da nossa Padroeira Nossa Senhora da Abadia, rogando a ela para interceder por nós nesta terra tão abençoada e às vezes mal tratada pelos homens - a nossa Uberaba.

No momento que me preparava para a escrita sou pego de surpresa com a tragédia que vitimou Leila Guimarães e sua família... e, também, ato contínuo a perda de uma pessoa querida na família, D. Lourdinha Hueb. Confesso que o sábado ficou com um gosto muito amargo. Nossos sinceros sentimentos aos parentes e amigos.

Tentando voltar ao tema inicial, entendo que os Ministros do Supremo, mesmo que sem unanimidade, lembraram-se dos pais e dos milhões de pais brasileiros ao votarem pelo não aumento dos seus próprios salários, neste momento de dificuldades da nação. O simbolismo do gesto poderia inspirar seus pares e congêneres no Judiciário e por extensão no Executivo e Legislati-vo, em todas as esferas de poder. Entender o conceito de Tesouro, bem como da inexistência de dinheiro Público, ajudaria muito nesta discussão. A ressalva é que este bom exemplo do STF, precisaria se estender para outros pontos e matérias.

Ainda nesta seara, fica claro ao governo central que, apenas aumentar im-postos sem efetivamente dar o exemplo, cortando gastos desnecessários e abu-sivos para o cidadão, não cola mais. Um exemplo claro foi balão de ensaio pa-ra o aumento das alíquotas do Imposto de Renda Pessoa Física( IRPF), pas-sando determinadas faixas dos atuais 27,5% para um novo patamar entre 30/35%. Na prática, o aumento da carga ocorre anualmente, pois a tabela não sofre correção pela perda da inflação, há tempos. Não devemos nos esquecer que além da carga efetiva de impostos, já bastante elevada, ainda temos a car-ga indireta e nefasta, pois temos que arcar com o custo de escolas particulares, planos de saúde, várias artimanhas na área de segurança, entre outros, visando o mínimo de civilidade nos serviços.

A ausência na qualidade destes serviços garantidos pela Constituição, leva a grande maioria a buscar alternativas onerosas; combalindo o já ínfimo poder de compra da população para suprir esta ausência. Este raciocínio se aplica também ao ICMS, IPVA e assemelhados e claro ao IPTU, ISSQN e afins na esfera municipal. Devemos ficar atentos para não sermos surpreendidos com mais estes aumentos na nossa carga tributária. É triste, mas é a realidade.

Um ponto intrigante neste processo é perceber que muitos, inclusive a classe política, não entendem a fragilidade nas arrecadações, exemplo claro disto a necessidade permanente de se fazer Refis (programas de reparcelamento fiscal), e o aumento da inadimplência do IPVA, em todo Brasil, e grau de endivida-mento da população, que usou o FGTS inativo maciçamente para quitar dívidas.

A busca do equilíbrio na carga tributária é fundamental para estimular o gera-dor de empregos a continuar produzindo e ao brasileiro que cumpre com suas obrigações, continuar achando que vale a pena exercer sua cidadania, restando aos governos dar o exemplo e de fato cortar gastos na própria carne.

Sou um otimista meio cansado, com a convicção clara da beleza da vida! Feliz dia aos Papais biológicos, aos de coração, os que criam, aos avós, aos que adotam e também aos que já estão no céu!!! Que NS da Abadia continue a nos iluminar!

Karim Abud Mauad

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