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Bom dia!

Conhecidas ou não umas das outras, pessoas simpáticas e gentis têm o bom costume...

Mário Salvador
Publicado em 08/08/2017 às 19:12Atualizado em 16/12/2022 às 11:24
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Conhecidas ou não umas das outras, pessoas simpáticas e gentis têm o bom costume de se cumprimentarem, seja no serviço, nas ruas ou até mesmo em casa, dizendo, ao longo do dia: Bom dia! Boa tarde! Boa noite! Alguns mais animados e um tanto mais generosos preferem um “muito bom dia”.

Nós nos revelamos pelo que fazemos ou deixamos de fazer, transmitindo invariavelmente uma mensagem clara do que vai em nosso âmago. Nossas atitudes e atos demonstram quem somos, e podem gerar ou não empatia. Por isso, devemos repensar nossas práticas: quer sejamos pai ou filho, empresário ou empregado, professor ou aluno, mais novo ou menos novo, poderoso ou nem tanto... Dizer “bom dia” pode fazer parte da lista de práticas a serem repensadas.

Quando o chapéu na cabeça dos homens era um acessório sabiamente comum neste país tropical, os cavalheiros o erguiam com uma das mãos para acompanhar o cumprimento. O chapéu, infelizmente, ficou no passado, porém ser educado nunca saiu de moda. Assim é que desejar um bom dia, de preferência com um sorriso, é sinal de cordialidade e paz. Está ao nosso alcance. Não nos custa nada; é de graça. E é, ao mesmo tempo, gratificante. Evidencia amabilidade, consideração e respeito para com os outros, por mostramos que o outro é importante para nós e por isso merece esse carinho, essa atenção.

Dar bom dia é encorajar, animar o outro, dar força para ele aproveitar o dia. Às vezes ele nos diz “obrigado”, ou outro “bom dia”, ou pergunta: “Tudo bem? E a família?” E há quem estranhe o cumprimento; não retribui a gentileza; não consegue fazer o mesmo que o interlocutor, mas isso é compreensível, afinal, ninguém é obrigado a estar bem todo dia, e nem todos têm ânimo de dizer algo. Por isso, o ideal é desejar “bom dia” sem compromisso, só pela vontade de espalhar amor, mesmo que o outro não consiga fazer algo semelhante.

Podemos começar o dia fazendo essa saudação a nós mesmos, experimentando o poder de nossas palavras, energizando nosso dia. Dessa forma nos motivamos para, em seguida, conseguirmos motivar o entorno.

Quem faz isso no WhatsApp, dizem os jovens, “tem mania de velho”. Então, se quiser fazer isso, transforme a ideia em algo original. Seja criativo!

A saudação, apesar de simples, é poderosa. E mesmo com os “entretantos”, pessoas mais alegres podem continuar nessa estratégia, porque umas vão influenciando as outras. E gentileza gera gentileza. Atraímos o que espalhamos. Assim, todos vão se contaminando com a alegria deixada pelo caminho, e o mundo se transforma: fica menos estressante, mais iluminado...

Só não faço campanha para que esse hábito persista porque não descarto uma cena que seria improvável antigamente; e hoje, nem tant Você deseja um bom dia a um estranho e de repente ouve as famigeradas frases: “Perdeu! Passe o celular! É um assalto!”. Os tempos e as pessoas são outros.

Nem sempre estamos bem. E nem todos são extrovertidos ou querem ser, o que não é defeito; é característica humana. Então ninguém se sinta obrigado a sair distribuindo cumprimentos. O simples fato de não espalhar mau humor já contribui. Se a saudação for possível, melhor ainda: ajuda a criar um ambiente melhor e a tornar a vida mais amena, mais terna. É gostoso correr o risco, mesmo que pareçamos trafegar na contramão. Então, muito bom dia para você!

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