Dia Mundial de Luta Contra as Drogas

No ser humano existem tendências múltiplas e contraditórias, entretanto não há razão para dizer que correspondem a muitos EUs; são nada mais que impulsos ou instintos decorrentes do psiquismo. Assim, é infundada a afirmação de que usuários de drogas são pessoas ruins. Quem afirma tal disparate certamente não está baseado em critérios científicos, mas em uma interpretação pessoal e arbitrária. A experimentação e consequente sujeição de algum dependente químico a um reconhecido tratamento, é o início do triunfo sobre a morte em vida e ele toma para si, novamente, a direção da sua própria vida e enquanto assumindo-se na condição de um verdadeiro homem, que venceu a desesperança com todas as angústias precursoras e renasceu para uma vida de glórias junto aos seus parentes e verdadeiros amigos. Pessoalmente e na qualidade de cristão, afirmo que um dependente de drogas chega a uma comunidade terapêutica sob a forma de gérmen, que tende a expandir-se cada vez mais através das atividades ali propostas e, lentamente, transfigura o seu corpo e a sua mente a cada dia ali em tratamento. Quem ainda não testemunhou tal transfiguração em um alcoólatra ou drogado, não faz ideia de como uma pessoa é capaz de, em poucos meses, fazer uma profunda revisão de valores e daí promover a sua passagem para uma vida sóbria e produtiva. Não pode haver desesperança em um processo de reabilitação de um dependente químico; pelo contrário, há que ter-se fé e esperança para assistir-se o sucesso do tratamento. Se há alguma forma de padecimento em um dependente em reabilitação, ele restringe-se a arrependimentos pela outrora desvalorização da sua própria vida e enquanto usuário de álcool e/ou outras drogas. A cada ano, em 26 de junho, Dia Internacional de Luta Contra as Drogas, bom seria se todos nós lembrássemos que ainda são muitos os jovens que vivem, quase que exclusivamente, para conquistar prazeres imediatos e efêmeros e que deixam-se entregar àquelas substâncias sem medir o tamanho exato das consequências daquele seu ato; vivem por perigosos deleites e em função de terceiros, tal qual parasitas e ao contrário de viverem gloriosamente essa sorridente fase da vida. Sentir e rejubilarem-se pelo seu avanço cultural, sentindo aí uma vitalidade nunca antes experimentada em termos educacionais, é algo extremamente gozoso e vitalizante. Às famílias desestruturadas e omissas em relação a esse assunto, humildemente aconselho que procurem informar-se a respeito de como prevenir a entrada das drogas em seus respectivos lares e de modo a preservar todo o patrimônio humano ali existente, pois do contrário os prazeres imediatos originados do uso de drogas poderão transformar-se em uma terrível dor futura e abstraí-los de uma existência feliz e fecunda.

(*) Gustavo Hoffay

Agente Social

Consultor e Palestrante