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Falando da Violoncelada de Peirópolis

Até os pássaros silenciaram... Sim, até a passarada de Peirópolis se colocou em silêncio...

Sandra de Sousa Batista Abud
Publicado em 22/06/2017 às 20:23Atualizado em 16/12/2022 às 12:31
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Até os pássaros silenciaram...

Sim, até a passarada de Peirópolis se colocou em silêncio para ouvir os violoncelos.

Que maravilha! Que espetáculo! Que música! Que mestre Kayami! Que momento especial! Que celebração do fazer violoncelístico.

Kayami Sotoni, da Universidade Federal de Uberlândia, foi espetacular. Brilhou como solista e como maestro regendo ao ar livre, sob a luz do sol.

Uma orquestra com 50 instrumentistas tocando violoncelos, tendo como cenário, o céu de um azul perfeito e o verde maravilhoso das frondosas árvores.

Uma orquestra com 50 violoncelistas, cada um com seu violoncelo – instrumento musical com a forma do violino, porém de maior dimensão, derivado da antiga viola de gamba e dotado de quatro cordas afinadas em quintas justas, como a viola (o que resulta em um som belíssimo), mas uma oitava abaixo (o que causa um som grave e harmonioso). As cordas são tocadas com um arco, cujo instrumento, o artista violoncelista apoia entre as pernas fixando-o ao solo por meio de um espigão. É um instrumento que permite inúmeras possibilidades como a formação de uma grande Orquestra de Violoncelos, como essa que privilegiou Peirópolis. As músicas tocadas fizeram a plateia perceber a versatilidade desse instrumento, desde os sons graves até os agudos.

Tudo isso no gramado do Museu Paleontológico de Peirópolis.

Músicos de oito estados e ainda da Universidade de Munster, Alemanha, foram muito felizes na escolha do repertório e na execução das músicas. Peças maravilhosas do clássico ao popular, do frevo ao maracatu, “Frêvioloncelando” e “Tempo de Maracatu”, da marcha ao molto alegro, de Hoyt Curtin com “The Flintstones a John Williams com “Jurassic Park” foram tocadas. O encerramento foi triunfal com “Game of Thrones” de Ramin Djawadi.

A música – arte e ciência de combinar os sons de modo agradável ao ouvido - segundo Aurélio Buarque Holanda Ferreira, alimenta a alma.

A música erudita – arte da mais alta qualidade musical – eleva o espírito.

Uma multidão maravilhada, composta de adultos e crianças, mulheres e homens, e pássaros, aplaudia com entusiasmo cada peça executada pela extraordinária orquestra, nesse 17 de junho de 2017.

Peirópolis e os uberabenses merecem esse espetáculo.

Que aconteça novamente!

Que os pássaros, outra vez, calem o seu canto, também maravilhoso, para apreciarem o som encantador de tal Violoncelada!

(*) Psicóloga Clínica

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