ARTICULISTAS

Ainda Falando de Ansiedade

Boa parte das expressões faciais que fazemos ao longo da vida são inatas, ou seja, não...

Sandra de Sousa Batista Abud
Publicado em 25/05/2017 às 18:21Atualizado em 16/12/2022 às 13:07
Compartilhar

Boa parte das expressões faciais que fazemos ao longo da vida são inatas, ou seja, não foram aprendidas. No livro A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais, Charles Darwin compara as diferentes formas de exprimir sentimentos e sensações e seu valor de adaptação.  A ansiedade é uma dessas formas de exprimir sentimentos e sensações. É uma resposta fisiológica à antecipação dos perigos. Animais sofrem de estrese enquanto estão sendo perseguidos por um predador ou um caçador. Terminada a perseguição, o estresse animal também termina. Entretanto, os homens vivem permanentemente sob alerta. O ser humano tem a mesma resposta de estrese para coisas puramente psicológicas. Problemas como o buraco negro, dívidas a pagar, conflitos religiosos, doenças incuráveis, impostos, inflação, aposentadoria, entre outros, geram pensamentos estressantes. Assim, o homem não sofre estrese por razões fisiológicas reais apenas; ele permanece estressado por razões psicológicas, segundo os neurocientistas, o que ocasiona a ansiedade.

Mas, se a origem e a manutenção da ansiedade é adaptada, como sugere Darwin, é possível que os transtornos possam ser resolvidos via terapias genéticas. Há dez anos, uma pesquisa de cientistas americanos e alemães publicada na revista Behavioral Neuroscience, da Associação de Psicologia Americana, identificou uma variação genética que pode estar ligada à ansiedade. Pesquisas atestam que há indivíduos mais propensos à ansiedade, sendo que alguns não conseguem se desligar de algo que produz uma determinada emoção, mesmo que se trate de uma emoção ruim, e que existem indivíduos que lidam mal com estrese e dor, sendo mais impulsivos e com mais tendência à depressão.

Que sensações fisiológicas denotam a ansiedade?

Cabelo em pé – Embora os cabelos não fiquem de fato arrepiados, essa sensação ocorre porque, nos momentos de ansiedade, o sangue das células cutâneas é desviado para outras partes do corpo, fazendo com que o couro cabeludo se contraia.

Suar Frio – A escassez de sangue na epiderme provoca uma queda de temperatura nos tecidos da pele.

Boca Seca – Em um momento de ameaça iminente, os líquidos do corpo se deslocam de locais menos essenciais a fim de ajudar na preparação do corpo, o que diminui a saliva e seca a boca.

Nó na garganta – O deslocamento de fluidos atinge os músculos da garganta, causando espasmos e dando a sensação de nó na garganta.

Repetindo o que já foi citato, é interessante tratar a ansiedade aguda e aproveitar o impulso que a ansiedade provoca rumo à eficiência.  

(*) Psicóloga Clínica 

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por