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A Dama e o Vagabundo

O País assiste, estarrecido, a uma enxurrada de delações das empresas de construção...

Karim Abud Mauad
Publicado em 24/04/2017 às 07:35Atualizado em 16/12/2022 às 13:48
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O País assiste, estarrecido, a uma enxurrada de delações das empresas de construção ligadas umbilicalmente ao Poder.

A forma como vêm sendo apresentadas na mídia estarrece a opinião pública.

As grandes figuras da política nacional, indistintas as cores partidárias, aparecem nestas delações, em todos os níveis municipal, estadual e federal.

Ainda tem muito por vir na chamada delação do fim do mundo, mas, principalmente, faltam aparecer as delações fora da classe política.

No meio disto tudo, entre dois feriados e à espera de um terceiro, em menos de 20 dias a economia transita entre boas e más notícias, melhora na expectativa do PIB, redução da taxa básica de juros, lamentavelmente muito longe das empresas, empresários e trabalhadores, e o desemprego em alta, março pior que fevereiro.

Nesta questão dos juros nominais praticados por todos os bancos, seja no cartão de crédito, no cheque especial, no crédito consignado e nas diversas taxas absurdas lançadas contra os correntistas, ficamos todos à mercê de um verdadeiro assalto, prova disto o espetacular resultado dos bancos públicos e privados. É revoltante esta exploração direta feita sobre o cidadão. Esta transferência de renda passa despercebida, pois o noticiário da mídia hoje só tem um foco, importante, mas não deveria ser o único.

Neste campo, aparentemente, parece que conseguimos minimizar o desastre da operação Carne Fraca. Com cautela, vamos aguardar os dados de abril.

Aqui na terrinha vivemos a expectativa da abertura da ExpoZebu, com toda a pompa da visita do Presidente Temer e também a volta dos shows no Parque da Fernando Costa. Tomara tenhamos um aquecimento da economia local, nos setores envolvidos e na sequência da segunda melhor data para o comércio, que é o Dia das Mães.

Ainda temos que lidar com a necessidade das reformas trabalhista, previdenciária, política, ..., assuntos polêmicos e que andam discutidos muito mais em clima emocional, de vontades pessoais do que no âmbito coletivo, racional, considerando os verdadeiros interesses de todos os brasileiros.

Nesta celeuma toda, em que ficamos aqui torcendo pelo desenrolar das obras do Sistema BRT, importantes para uma otimização da área central da cidade, mas não a única, e também do êxito nas tratativas da vinda da planta de amônia e do gasoduto para a cidade. Estas conquistas são necessárias para aquecer investimentos efetivos por aqui.

Para nos deixar ainda mais chateados, tivemos perdas de pessoas muito queridas como Eliana Amaral, Ronan Paiva, do ídolo do USC Calmon, e da mãe do professor e coreógrafo Carlos Fernandes, senhora Débora, numa sequência só. Foi duro e doído. Um fato positivo foi o justo reconhecimento com o Mérito Tiradentes, ao arrojado empresário Silvio Rodrigues da Cunha. Homenagem merecida.

Não bastasse isso tudo e o novo atentado em Paris, tivemos espaços para que pessoas se comportassem como a Dama e o Vagabundo, um misto da versão da Disney com o popular Wesley Safadão. Durmamos com um barulho desse... Vida que segue.

Karim Abud Mauad

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