Recebo informações da Associação dos Deficientes Físicos de Uberaba (Adefu), dando conta...
Recebo informações da Associação dos Deficientes Físicos de Uberaba (Adefu), dando conta da sua participação em eventos regionais esportivos onde, mais uma vez, seus atletas levaram o nome de Uberaba e fizeram bonito, como, aliás, sempre têm feito. Sou um apaixonado pelas causas da Adefu.
Dentre as informações que recebi, há um item preocupante que transcrevo aqui para a amplitude do conhecimento público. Senão vejamos:
“NECESSIDADES ESPECIAIS
O último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) detectou que Uberaba tem 51.724 moradores com alguma deficiência permanente. Exemplos: 820 pessoas são totalmente cegas; 6.103 possuem deficiência visual grave. Entre os habitantes de Uberaba, 455 são totalmente surdos, enquanto 2.127 têm deficiência auditiva grave. Com deficiência motora aparecem 1.329 (totalmente paralisados) e 4.857 em situação grave. Outros 10.136 possuem alguma dificuldade motora. O IBGE também registrou 3.392 pessoas com deficiência mental/intelectual.”
Vale lembrar que o número “51.724” estampado retro, se bem explorado e convertido em votos, pode eleger parlamentares em níveis, municipal, estadual e federal. É um bom nicho político a ser explorado, mas...
Preocupa-me ao saber que nossas unidades de saúde e hospitais recebem diariamente grande número de acidentados, cuja causa é a acessibilidade e mobilidade urbanas. Para não perder o foco, deixo de mencionar outros acidentes.
Recentemente, ao caminhar em rua plana e sobre uma faixa de pedestres, “biquei” meu tênis numa protuberância quase que imperceptível no pavimento. Fui ao solo e só não me danei todo porque as mãos estavam livres. Levantei-me em seguida. Bati a poeira e procurei imediatamente medir a pressão arterial, além de saber o nível de glicose. Tudo normal, mas fiquei com a pulga atrás da orelha me perguntand- Isso é envelhecer? Vi uma jovem cair no outro dia.
Tive a oportunidade para avaliar o “senso de colaboração dos motoristas” que passavam por mim sem desviar a rota e diminuir a velocidade. Como resposta, comecei ali mesmo redigir mentalmente um manual de orientações ao idoso que começa em casa e vai aos mais variados lugares. Hoje já são 120 conselhos sobre acessibilidade e mobilidade. Aceito sugestões.
É hora de iniciarmos uma cruzada para melhorarmos as nossas condições de ir e vir. “Na caminhada, um centímetro a mais ou a menos podem fazer a diferença. Cuidado com os dois.” Eis o item 107.