Vale refletir e muito...

O brasileiro de boa memória deve se lembrar do seguinte fat Dilma Rousseff, enquanto ministra-chefe da Casa Civil do governo Lula em 2009, mandou chamar ao palácio a secretária da Receita Federal. Em ato obediente, a servidora lá compareceu e ouviu da chefona, segundo consta na história, a ordem para “agilizar” a fiscalização de empresas de um filho de José Sarney que estava na mira da Receita. Para aquela auditora, “agilizar” significou afrouxar.

O certo é que a servidora do alto escalão, mesmo estando do lado da verdade e com testemunhas, amargou diante das negativas da ministra. “Não dei a ordem”, “não mandei a fiscalização recuar” e “não recebi a servidora na Casa Civil”. Até as câmeras do Palácio do Planalto, ligadas 24 horas por dia, “não filmaram” a presença de Lina Maria Vieira. Pode? Como não estávamos acostumados a ver tantos falseamentos da verdade como vemos hoje, engolimos o que era impossível de engolir e a mentira prevaleceu.

Agora, um auditor fiscal do Ministério da Agricultura, que presume-se ser conhecedor de fatos, denunciou à Polícia Federal a venda de alimentos contaminados, esses produzidos por megaindústrias brasileiras. Dois anos de investigação e vem o resultad carnes vencidas e podres foram constatadas.

Afastamentos de funcionários, prisões de outros e interdições de unidades industriais são alguns dos procedimentos do governo. Em contrapartida, na imprensa, são divulgados pronunciamentos para “esclarecer” a opinião pública. O estrago é grande e o prejuízo, muitas vezes maior.

Bodes expiatórios são pegos para dar satisfação pública. No mínimo irão tentar desclassificar o fiscal denunciante, como fez Dilma Rousseff com a ex-secretária da Receita Federal. Segure firme, Daniel Gouvêa Teixeira! Ao que conheço, se na corrente da investigação houvesse um elo rompido, por certo que ela poderia até ser sustada. Prova atrai prova e os fatos prosseguem.

É interessante lembrar que somos o primeiro exportador de carnes do mundo! Enquanto isso, na outra ponta, há brasileiros que nem carne podem comer. Logo vi; mesmo sendo as maiores indústrias no setor frigorífico, suas propagandas frequentes iam além do usual. Celebridades, inclusive Roberto Carlos, Tony Ramos e Fátima Bernardes, viraram garotos-propaganda, pagos a peso de ouro, para vender carnes! Por quê? - se a rigor as gigantes não tinham concorrentes... Vale refletir e muito...