O Brasil ocupa a nona posição na economia mundial, e a nossa base principal está centrada no agronegócio, sendo base referencial frente a diversos outros países, principalmente na produção de carne, café, soja, milho, açúcar, dentre tantos outros produtos e suplementos desta natureza. Porém, nesta semana, este pilar foi frontalmente atingido por reflexos da Operação Carne Fraca lançada pela Polícia Federal, para investigar um suposto esquema de venda irregular de carne por 21 frigoríficos espalhados pelo País.
O juiz Marcos Josegrei da Silva, responsável pelo caso, noticiou em sua decisão que “É estarrecedor perceber que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Paraná, um dos órgãos mais importantes para garantir a qualidade dos alimentos consumidos diariamente por milhões de pessoas, não apenas neste Estado, como também em outras partes do Brasil, e fora das fronteiras nacionais em alguns casos de exportação, foi tomado de assalto – em ambos os sentidos da palavra – por um grupo de indivíduos que traem reiteradamente a obrigação de servir a coletividade.”
Atenta à dignidade da idoneidade dos nossos produtores, consumidores e agentes tentarem fazer acreditar que problemas de ordem pontual, principalmente em casos isolados, e versados sobre prováveis atos de conservação de embutidos e embalados, possam atingir um dos principais pilares da nossa economia produtiva.
Tentar fazer crer que carne comercializada no Brasil, e exportada para o Mundo, é imprópria, é o mesmo que chamar os milhões de brasileiros que trabalham neste setor, de criminosos. O que não é verdade!
Se existem irregularidades, vale o destaque, estas deverão ser apuradas de acordo com os mais rígidos critérios processuais, mas nunca midiáticos. Ora, os envolvidos deverão ser punidos, e o exemplo de conduta deverá ser servido de exemplo para punir todo aquele que queira, de uma forma ou de outra, obter vantagem indevida.
O estrago está feito! Diversos países cancelaram a importação da carne brasileira, como China, Rússia, membros da União Europeia dentre outros, enquanto aqui, vale destacar, o comércio de carne sentiu o grande impacto.
Cabe aos nossos governantes, nesta hora, juntar os cacos deste desastre econômico, e buscar mecanismos imediatos para corrigir, fiscalizar e evitar que outros assim voltem a se repetir, afinal, foram os produtores brasileiros as maiores vítimas deste ato, mesmo sem terem praticado quaisquer atos de irregularidade. São os bons pagando pelos pecadores!
