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Política é...

O dia foi de amargar! Um calor derretendo os ossos com o termômetro...

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 06/03/2017 às 07:53Atualizado em 16/12/2022 às 14:48
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O dia foi de amargar! Um calor derretendo os ossos com o termômetro marcando 24 graus às quatro horas da madrugada. Só tomando uma água de coco gelada para amenizar essa sensação de forno micro-ondas deste verão de 2017. Você ri? Mas relaxe que não estou aqui para falar de minhas dificuldades para escrever esta crônica, com o suor “em bicas” pela fronte, nesta noite enluarada.

A verdade é que, apesar de tudo, estou animado a buscar inspiração para escrever, para esquecer este mormaço de uma noite de verão.

Fechei os olhos por um instante e me veio aquele “comichão” em analisar a política do nosso dia a dia, afinal, vivemos política o tempo todo, do momento em que somos concebidos até o juízo final.

Quando dizemos que somos avessos, já estamos fazendo política. Podemos ser contra ou a favor, mas é preciso ter preparo para criticar ou defender.

Infelizmente no Brasil, desde seu descobrimento, o termo política é caracterizado como escândalos protagonizados por figuras públicas, corrupção, jogos de interesses e fisiologismo, esvaziando seu verdadeiro significado.

Não precisa ser nenhum gênio da lâmpada de Aladdin para descobrir que enquanto a ética for mero detalhe para a classe política, a realidade permanecerá imutável e infelizmente, pelo que estamos assistindo no dia a dia, tudo indica que continuará como está. Já que é assim, a reforma da língua portuguesa deveria extirpar o vocábulo, “ética”, de nossos dicionários.

É visível o loteamento de cargos nos governos federal, estadual e na maioria das administrações, muitas vezes prevalecendo o velho ditado popular de que “ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão”.

Assistimos com tristeza ao jogo de interesse nos Ministérios e Secretarias, reinando o conchavo político e a incompetência. Dá para ver os Engravatados subindo as rampas, escadas rolantes e os elevadores em companhia dos irmãos Metralhas, Pulguento, Brutus, Pateta, Seboso, Drácula, Coiote, Esqueleto e tantos outros. Dizem que até o Coringa está cotado a fazer parte em uma das esferas da administração pública.

Paro um minuto para respirar e querendo acreditar que ainda há uma luz no fim do túnel. Lembro-me daquele “bordão” “Sou brasileiro e não desisto nunca”.

Balanço a cabeça num ato de negativa a mim mesmo, pois frase pronta como esta é pronunciada todos os dias por milhares de pessoas e até comove, mas não resolve qualquer problema.

Não seria utopia acreditar que um futuro poderá ser mudado por uma geração que ainda está sentada nos bancos escolares, acendendo uma luz no fim do túnel, caso todos nós acendamos também nossas lanternas para iluminar a trajetória daqueles que nele passarem.

Está amanhecendo e vou ficar por aqui, mas motivos e fatos não faltam para outras crônicas, que certamente virão.

Marco Antônio de Figueiredo – Advogado e articulista

 

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