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Para onde vamos?

Em final de semana anterior, fiz uma viagem ao Rio de Janeiro para visitar amigos...

Vera Lúcia Dias
Publicado em 24/02/2017 às 07:42Atualizado em 16/12/2022 às 14:58
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Em final de semana anterior, fiz uma viagem ao Rio de Janeiro para visitar amigos. Um passeio maravilhoso, sem praia, Cristo Redentor ou Pão de Açúcar, mas com passeio de escuna e de VLT, Arco do Teles, Catedral, Mosteiro São Bento, Confeitaria Colombo, AquaRio, almoços no Arco do Teles, Cais do Oriente e mercadão CADEG. Nada de Copacabana ou Leblon, e sim Gávea, Jacarepaguá e Vila Isabel, todos programas fora do circuito tradicional.   Tudo perfeito e extasiante se não fosse o clima de apreensão pela tentativa de algumas mulheres de policiais, nas portas dos quartéis, de impedir a saída dos mesmos para o trabalho. Isso, sob pena de repetir a experiência do estado do Espírito Santo, que, naquele fim de semana, já contabilizava mais de cem assassinatos sem policiais nas ruas.   Por isso, em plena sexta-feira, tivemos que voltar para casa antes do fim do expediente normal, por medo das anunciadas manifestações no centro da cidade ou de ficarmos presos em engarrafamentos com episódios de violência. As saídas de casa foram todas precedidas de busca de notícias que nos indicassem o que poderíamos encontrar nas ruas...   Retornando a Uberaba, estou espantada com as notícias locais: ataques sucessivos a agências bancárias, corpos queimados, homicídios tentados ou consumados todos os dias. Os noticiários estaduais dando conta de que em BH quatorze ônibus foram incendiados e mais dois em Montes Claros, com a justificativa de ser uma retaliação às condições prisionais do país.   E, como se não bastasse, garota em Patos de Minas recebe tiro na face, dentro da Van escolar, vítima de confronto entre dois menores infratores. Antigamente, as perguntas “quem sou?”, “onde estou?” e “para onde vou?” eram de cunho filosófico. Hoje, são do domínio da falta de segurança no aqui e no agora.   Para onde estamos indo? Quem irá nos socorrer? Polícia? Política?   Concluo este artigo com uma sensação de estar num beco sem saída e arrependida por ter me feito perguntas para as quais não vejo respostas. Só mesmo apelando para Aquele que tudo sabe e tudo vê, pois só Deus, se os homens Lhe derem espaço, poderá interceder na solução dos problemas brasileiros.      

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