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SORTE

Acreditem: Não sou supersticioso. O fato de eu evitar gato preto na sexta-feira, 13, é coincidência.

Mário Salvador
Publicado em 21/02/2017 às 08:31Atualizado em 16/12/2022 às 15:02
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SORTE

Acreditem: Não sou supersticioso. O fato de eu evitar gato preto na sexta-feira, 13, é coincidência. Evitar passar debaixo de escada é simples cuidado para não sofrer acidente: vai que cai lá de cima uma lata de tinta... E carrego uma figa há tempos: apenas porque a acho bonitinha. O galhinho de arruda atrás da orelha é para espantar mosquito da dengue. Já o fato de eu entrar sempre com pé direito em qualquer lugar é só porque sou destro. E como gosto muito de plantas, tenho diversos vasos de comigo-ninguém-pode em casa. Tudo coincidência... Como já convenci o leitor de que não sou supersticioso, sei que também vai acreditar que nada tenho contra o número 13. E que constatei, até sem pretensão alguma, os fatos que se seguem. Estavam todos em noticiários.

Todo partido político, ao ser oficializado, recebe um número de inscrição na Justiça Eleitoral. O PT recebeu o 13. Depois de muito sofrer para alcançar a Presidência da República, esse partido ficou no poder por 13 anos: foram dois mandatos do Lula e um mandato da Dilma, de quatro anos cada, sendo que Dilma ainda ficou mais um ano como Presidente, quando veio a perder o mandato. Portanto, foram 13 anos de PT no poder. E, para encerar o ciclo, o PT deixou o poder com 13 milhões de desempregados.

Sabemos das conquistas do PT no governo, em todos os setores: social, da indústria, do comércio, da agricultura, educação, saúde, segurança, de relacionamento com as nações... E sabemos do retrocesso, também, em cada setor. Foi um período meio assim: toma lá, dá cá. Nesses 13 anos, houve vertiginoso crescimento da corrupção. Não precisava tanto. Está aí a Lava Jato, fazendo estrago danado na vida de pessoas, empresas e partidos políticos que usaram e abusaram do recebimento de caixa dois.

Também, nesses 13 anos, foi marcante o Mensalão, que seria o maior julgamento de políticos da história universal. Até que surgiu o Petrolão, que transformou o Mensalão em conto de fadas, pois ficou pequeno diante da monstruosidade de desvios de verba e de conduta de empresários, políticos e funcionários públicos, que deitaram e rolaram em cofres de estatais.

Ainda bem que Lula nunca soube de nada a respeito dos dois processos. E, segundo Fernando Henrique Cardoso, que depôs num processo da Lava Jato como testemunha, “um Presidente não sabe de tudo o que se passa no governo”. Concordo. O Lula também não sabia de nada. No entanto, tenho minha teoria: um Presidente deve saber de tudo. Assim, ele pode corrigir erros e desvios.

Mais sorte para nós, brasileiros, com os próximos governantes. Queremos que não roubem, mas façam. Sim, isso é possível! E queremos que não digam que não sabiam de algo, mas que assumam com propriedade o governo e enxerguem tudo. E corrijam tudo que estiver errado. E que o façam em nome da justiça, ordem e progresso. É para isso que são muitíssimo bem pagos.

Mário Salvador

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