Ano novo, as mesmas e velhas notícias (rebeliões em presídios do norte, denúncias de corrupção aqui e pelo mundo, Trump barbarizando em entrevistas, novos atentados pela Europa...). Parece que o tempo não passou, as expectativas se renovam pela magia da organização do calendário em 12 fatias mensais, mas as mesmas bárbaras notícias continuam estampadas em todas as mídias, teimando em minar nossa vontade de mudanças e melhoras no novo 2017.
Esta talvez seja a nossa grande perspectiva de mudança. A verdadeira mudança. A mudança verdadeira, que é sempre de dentro para fora. Nada de novo ocorrerá em nossas vidas, sem promovermos transformações interiores. As notícias serão sempre as mesmas. Nós é que temos de mudar. Promova a mudança em você.
Temos que acompanhar todo o noticiário, é fato. O noticiário é que não pode nos acompanhar. Falo no sentido de gerar desmotivação, desânimo, tristeza e, principalmente, nos impedir ou nos imobilizar na busca da boa ação, de continuarmos estudando, trabalhando, melhorando nossa vida pessoal, profissional e, principalmente, familiar. Sonhar com um novo tempo é agir na busca desse novo tempo.
No mínimo, fazermos a nossa parte. Vários articulistas do JM expressaram isso neste início de ano; claro, cada um no seu campo.
Aproveito para reforçar a tese na área econômica que as notícias começam a dar um alento de melhoras possíveis ainda em 2017, com a redução da Selic em 0,75% a.a. (terceira redução em sequência), a inflação voltando ao centro da meta, o resultado da balança comercial (no tocante ao resultado), a melhora dos níveis de comércio em novembro/2016, dado agora divulgado, mesmo com um movimento menor no Natal/2016; tudo isso pode ensejar um início de recuperação das atividades empresariais, que permitam a redução do desemprego, real desejo de todos, já que isso aflige mais de 12.000.000 (doze milhões) de brasileiros e suas famílias, com reflexo em todas as áreas da sociedade, e não apenas na economia.
A nossa importância neste jogo é real. Devemos manter nossa vigilância e disciplina com os gastos e, principalmente, com os atores políticos, pois esta velocidade depende, muitas vezes, de votos de vereadores, deputados estaduais e federais. Também das canetas de prefeitos, governadores e do Presidente da República e suas equipes de governo ou desgoverno. Temos de continuar alertas e cobrando posições coerentes, consistentes e em prol de todos.
Nesta seara devemos lidar com todas as obrigações de início de ano, tais como IPTU/TRSCU, IPVA, matrícula e material escolar, gastos extras de férias, mesmo não viajando; para tanto, verifique suas disponibilidades financeiras e exerça seu dever cidadão. Seu direito de cobrar será maior.
Iniciei 2017 revendo várias facetas do cotidiano e creio que o melhor a fazer é realmente buscar um novo olhar sobre os fatos e não se deixar contaminar pelo que está posto. Agir e não apenas reagir. Um feliz 2017 para nós todos. Faça a sua parte.
Karim Abud Mauad
