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A conta chegou!

Caro amigo leitor, continuo respirando, com a graça e pela graça do Criador, pela tristeza...

Leuces Teixeira
Publicado em 22/12/2016 às 22:51Atualizado em 16/12/2022 às 16:04
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Caro amigo leitor, continuo respirando, com a graça e pela graça do Criador, pela tristeza de uns poucos e alegria de muitos. Confesso que não tem sido nada fácil. Já escrevi neste espaço sobre esse assunto, mas faço questão de retornar; é extremamente necessária a discussão diuturna sobre o tema, do contrário vai acontecer com o nosso país o que está acontecendo com a Grécia.

Vale dizer com toda a clareza que o caso requer que a nossa renda per capita em dólar oscila em torno de 11.000 dólares americanos por ano; na Grécia, um dos países mais empobrecidos da Europa, a média é de 20.000 dólares. Percebeu que é maior do que a nossa, quase o dobro? E olha que estamos falando da Grécia, um país em frangalho.

Na administração da capital da República – Brasília –, o número de servidores corresponde ao percentual de 7%, em desfavor de 93% dos que laboram na iniciativa privada. Pois bem, os 93% da iniciativa privada bancam a doce vida dos servidores do Distrito Federal. Precisa dizer mais alguma coisa? 93% dos que verdadeiramente carregam o piano suportando uma minoria de 7%. Essa conta não vai fechar nunca, alguma atitude tem de ser tomada; as coisas não funcionam assim num país sério. Vários estados brasileiros estão com 100% da renda comprometida, Minas é o caso!

Outra situaçã entendo que a previdência dos policiais – militar ou civil – tem que ser encarada de forma diferenciada, ou seja, trata-se de carreira de alto risco com exclusividade total em favor do Estado. Todavia, os tempos são outros, grandes mudanças ocorreram. O policial civil ou militar ingressa na carreira, principalmente nesta última, muito novo, com idade em torno de 20 anos. Vai se aposentar com 30 anos de serviços prestados, ou seja, aos 50 anos. É justo? Entendo que não! Não é justo, nos dias atuais, um policial, civil ou militar, aposentar-se com 48, 49, 50 anos. Tratando-se do sexo feminino, aposentadoria com 25 anos de serviço, ou seja, aposentadoria com 43, 44, 45 anos!!! Tem mais, recebem como se estivessem trabalhando na ativa, não têm teto.

O jornal “Folha de São Paulo” publicou, no último domingo, a situação dos  militares em outros países, que é bem diferente da nossa. O debate é sério, tem que ser discutido com a clareza que os tempos ditam. Neste espaço não dá para esmiuçar as diferenças, mas são muitas.

Estou cansado de ver tenente-coronel e coronel das polícias, em todo o país, se aposentarem com 47,48, 49, anos; nas polícias há caso de se aposentar com 45 anos de idade! Isso é uma fraude, um estelionato em desfavor da sociedade.

Sai da polícia vai trabalhar em outro setor público, ter um segundo salário, talvez até o terceiro. A sociedade não aguenta mais isso. No Judiciário e no Ministério Público, já estamos vivenciando caso de servidor com tempo suficiente para se aposentar e não o faz!!! Qual a razão? É simples: vai perder uma série de beneficio$$$ que não terá na inatividade. Isso tem nome: fraude!

Confesso, com toda franqueza, que não fico nada feliz ou satisfeito de estar escrevendo sobre fatos dessa natureza. Com toda certeza vou colecionar e angariar mais alguns desafetos. Mas pode estar certo de uma coisa: o país não suporta mais; a sociedade não aguenta mais pagar impostos para suportar privilégios de uns poucos apaniguado$$$$. Chegou a hora, este é o momento, querendo ou não, para fazer os ajustes necessários em todos os segmentos! Feliz Natal!!! 

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