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Depende dela!

Já no primeiro livro A Bíblia encontramos revelações interessantes que traçam perfis masculinos...

Ilcéa Borba Marquez
Publicado em 21/12/2016 às 21:04Atualizado em 16/12/2022 às 16:04
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Já no primeiro livro “A Bíblia” encontramos revelações interessantes que traçam perfis masculinos e femininos bem definidos. O mito de Adão e Eva reserva adjetivo nem um pouco positivo para Eva – a má que seduziu o bom Adão ao pecado, oferecendo-lhe um pedaço do fruto proibido. O inocente Adão comeu o fruto e também foi expulso do paraíso juntamente com Eva, que assim deram início à história do homem no mundo! E a serpente? Ela participa do jogo de sedução e se falamos – A serpente – sua forma é fálica, portanto, podemos usá-la como símbolo de um ser que contém em si mesmo os dois: masculino na forma e feminino na linguagem. Esta questão, no entanto, não será aprofundada neste artigo, já que focarei apenas a Eva má e o bom Adão.

Milhares de anos depois, em pleno século XXI, nos deparamos ainda com os mesmos adjetivos originais para o feminino e o masculino, imutáveis desde então, mesmo com todos os novos conhecimentos que a ciência nos proporciona. Ela prova que o investimento do corpo feminino no processo reprodutivo é maior e mais significativo do que o masculin o óvulo é uma célula enorme proporcionalmente ao esperma e contém em si todos os elementos necessários à manutenção incipiente da vida. O feminino investe mais e depois “dá ao homem um filho” como habitualmente falamos. A mulher empresta seu corpo, é nele que se dá o aninhamento, a alimentação e a proteção. Ela sustenta, traz para a vida e o homem dá o nome. Feminino é local de todo o processo reprodutivo, masculino é a linguagem.

Na Academia de Letras do Triângulo Mineiro aparecem representantes femininos em número reduzido somente na segunda geração. Mesmo hoje somos 10 mulheres e 30 homens acadêmicos; seis sócias correspondentes e sete sócios correspondentes. Tendo sido fundada em 1962, somente em 2009 toma posse a primeira presidente, Terezinha Hueb de Menezes, e eu como segunda, em 2015. A liderança feminina é, de certa forma, estreante na Academia de Letras do Triangulo Mineiro (ALTM).

Como a ligação do feminino com o espaço e a casa é inegável, assim, quando o prefeito Paulo Piau estava em campanha para o seu primeiro mandato, recebeu o pedido pessoal e direto de Terezinha Hueb de Menezes para viabilizar a sede própria da ALTM, deixando ainda seu filho Fernando Carlos Hueb de Menezes (convidado a chefe de gabinete) incumbido de tornar realidade este desejo antigo de todos. Hoje sabemos que em seus últimos dias de vida pediu à sua filha Maria Angélica que dissesse ao irmão para não se esquecer de conseguir a sede da Academia. Finalmente, em 2016, a sede própria se torna realidade, inicialmente com contrato de locação e agora com contrato de comodato por 10 anos renováveis. 

(*) Psicóloga e psicanalista

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