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Ordem e progresso, já!

O momento político brasileiro deixa todos nós, compatriotas, em estado de alerta; sim...

Gustavo Hoffay
Publicado em 07/12/2016 às 20:22Atualizado em 16/12/2022 às 16:17
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O momento político brasileiro deixa todos nós, compatriotas, em estado de alerta; sim, mais uma vez  e se não bastassem os episódios ocorridos com Fernando Collor, Dilma Rousseff, Deodoro da Fonseca, Washington Luís, Júlio Prestes, Getúlio Vargas, Jânio Quadros e João Goulart que deixaram a presidência da República em meio a uma série de conturbações políticas. Depois do agravamento de situações herdadas do governo Dilma Rousseff, aguardamos agora o indiciamento e o julgamento de poderosos empresários e influentes políticos que, até bem pouco tempo, eram tidos por intocáveis quando o assunto em pauta era a corrupção que campeia o Planalto Central. Alguns representantes daquelas classes, sabemos, já cumprem as suas respectivas penas e regularmente seguem assistidos e representados por seus fiéis advogados. É um momento que torna a acabrunhar milhões de brasileiros que, infelizmente, já se acostumaram a assistir manobras políticas que visam, unicamente, aos interesses de atores que insistem em trapacear para auferir dinheiro público apenas para proveito próprio, enquanto hospitais e escolas dependentes de verbas governamentais sofrem com o descaso de quem deveria gerir recursos para o custeio de sua manutenção. Em um país cuja grande maioria da população sofre e se angustia ainda mais em face do surgimento de novos e escandalosos casos de crimes de “colarinho branco”, políticos sérios e realmente comprometidos com os seus eleitores têm uma responsabilidade mais séria, posto que devem reconhecer e aceitar de pronto a grave situação originada da sede pela conquista de bens alheios da parte de alguns dos seus nobilíssimos colegas e o assédio de poderosos empresários, cujos lobistas circulam livres e frequentemente por corredores e gabinetes planaltinos. Nós, integrantes que somos de uma população que se vira como pode, para fazer frente a compromissos financeiros, apenas continuamos avaliando as ações daqueles que têm o dever de tirar o nosso país do atoleiro político, enquanto regularmente consultamos nossos bolsos e/ou saldo bancário, torcendo para que as consequências dos abusos e irresponsabilidades a que assistimos não pesem demasiadamente sobre a população que realmente trabalha e que mensalmente procura honrar os seus compromissos financeiros, embora carente de recursos que lhe permitam uma vida menos injusta. Desdobrar os efeitos de tais acontecimentos ou não procurar avaliá-los seria fruto de uma falta de amor ao nosso esplêndido berço. Formar opinião para se alcançar um necessário conhecimento político e para o cumprimento de deveres de um nacionalismo ampliado compete, sim, a todos nós e com frequência cada vez mais inclinada a dar especial atenção ao que ocorre no Congresso Nacional. A prática da corrupção agrava-se e parece ganhar novas possibilidades de expansão enquanto aumenta o seu número adeptos; agrava-se, sim, devido também à falta de um regular monitoramento sobre as ações de quem elegemos e enquanto no exercício dos seus respectivos mandatos. Exijamos cada vez mais qualidade de competência administrativa, política e moral de cada um de muitos parlamentares e peçamos a Deus uma constante e frutuosa imaginação para encontrarmos novas vias rumo a uma justa estabilidade social e econômica para todos nós. Despertemo-nos de um profundo sono desde o nosso berço esplêndido e passemos, definitivamente, a cultivar a ordem pelo bem do nosso progresso.

(*) Agente Social

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