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Jogos olímpicos e seu legado

Começaram os Jogos Olímpicos. Momentos notáveis marcam cada edição...

Mário Salvador
Publicado em 09/08/2016 às 08:31Atualizado em 16/12/2022 às 17:48
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Começaram os Jogos Olímpicos. Momentos notáveis marcam cada edição. No Brasil, não será diferente.

Em 1980, o ursinho Misha chorou no encerramento dos Jogos em Moscou. Um luxo. A Olimpíada de 1984 celebrizou a suíça Gabrielle Andersen, corredora que terminou cambaleante a maratona e recusou ajuda antes de cruzar a linha de chegada. Depois de dar os últimos passos, foi amparada por profissionais, que já estavam ao seu lado. Ficou mais famosa que a campeã da maratona.

Também pairam fatos tristes entre as lembranças dos Jogos. Em 1972, onze integrantes da equipe olímpica de Israel foram feitos reféns por terroristas palestinos. E Hitler abandonou o estádio quando, em Berlim, o corredor afro-americano Jesse Owens venceu as provas que disputou.

Já a abertura dos Jogos no Brasil será lembrada pelo primor. Os idealizadores souberam usar de recursos técnicos, deram asas à imaginação e conseguiram grandioso resultado. Detalhes diferenciaram a apresentação dos atletas, como bicicletas à frente das delegações, ritmistas depois delas, e o 14-Bis de Santos Dumont voando no estádio. Ideia original e sustentável foi a de as delegações plantarem sementes para a mata olímpica. Essas sementes se somarão às mudinhas que crianças carregaram no desfile, ao lado das bandeiras dos países.

No estádio reformado para os Jogos, a vaia ao presidente interino já era esperada. Segundo Nelson Rodrigues, “torcedor, no Maracanã, vaia até minuto de silêncio!”

Feliz escolha foi a de o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima acender a pira olímpica, depois de Pelé ter dito estar sem condições físicas de o fazer. Vanderlei, que estava em primeiro lugar na corrida que lhe daria o ouro, chegou em terceiro, após ser agarrado pelo ex-padre irlandês Cornelius Horan e jamais reivindicou o ouro. Pelo alto grau de esportividade e espírito olímpico nos Jogos de 2004, em Atenas, recebeu a maior honraria olímpica: a medalha Pierre de Coubertin, toda de ouro. Idealizadores da abertura dos Jogos concretizaram uma vontade de Vanderlei, o que se tornou um extraordinário momento dos Jogos.

Finalmente, os brasileiros respiram aliviados, pois, apesar de embaraços, como alojamentos arrumados de última hora e crise política, a abertura dos Jogos foi esplêndida. Novos fatos poderão eternizar esta Olimpíada durante as disputas. E após os belos fogos da abertura e vitórias dos atletas, ficam expectativas para o encerramento. E teremos muito a comemorar na Olimpíada no Brasil.

Mário Salvador

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