A vida é cheia de escolhas. Cito Cecília Meirelles, que de forma simples e suave nos brindou com a poesia “Ou isto ou aquilo”. Diz ela: “Ou guardo o dinheiro e não compro o doce, ou compro o doce e gasto o dinheiro. Ou isto ou aquil ou isto ou aquilo - e vivo escolhendo o dia inteiro!". As escolhas nos remetem a consequências futuras e, como não podemos passar a vida a limpo, ora festejamos, ora lamentamos.
Por tudo que já vivi até hoje, considero a omissão a pior das escolhas. O posicionamento individual e coletivo é fundamental para alcançar resultados diferentes dos que nos são impostos. Ficar à margem dos fatos, terceirizando atitudes, é, a meu ver, uma forma disfarçada de covardia, travestida de comodismo. O que estamos vivendo no Brasil é fruto da alienação e hibernação do seu povo por longos anos. Deixar ficar, é esse o mote. Acredito que um posicionamento firme não passa necessariamente por uma candidatura a um cargo eletivo. Contesto com veemência o estado atual da política brasileira e seu emaranhado de partidos políticos, despidos de rumo e ideal, que mais se assemelham a um bando de pessoas perdidas, sem saber por que estão e aonde vão.
Sim. Fiz minha escolha. Do lado de cá, como cidadã e pagadora de impostos, batalho por um país justo, ordeiro e bem direcionado que proporcione resultados positivos ao seu povo. Como posso me filiar a um partido político que balança com o vento e uma hora comunga com meus princípios, outra hora os contraria frontalmente? Prefiro seguir livre de amarras interesseiras e oportunistas.
Nem por isso deixo de me expressar e acredito que se mais pessoas do bem se juntassem a essa causa, muito conseguiríamos. Sem partido, mas com a bandeira da coragem, do engajamento e da esperança. Como na cançã “Quem já chegou aperta o passo nessa dança. Quem não chegou aperta o passo pra chegar”.
