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Artigos no Jornal da Manhã

No Dia do Amigo, 20 de julho, num prosear gostoso com Padre Prata, ele relembrou um artigo...

Mário Salvador
Publicado em 26/07/2016 às 22:08Atualizado em 16/12/2022 às 17:59
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No Dia do Amigo, 20 de julho, num prosear gostoso com Padre Prata, ele relembrou um artigo no qual comentei sobre o corte das palmeiras imperiais da praça Rui Barbosa, que estariam tomadas por mandruvás. E instado a reportar artigos comentados pelos leitores, na comemoração dos quarenta e quatro anos do Jornal da Manhã, lembrei-me desse texto.

Mandorová, mandruvá, druvá, mandarová, mandaruvá, manduruvá, manduruva. Listei naquele meu artigo essas variações já dicionarizadas do nome dessa lagarta comedora de folhas, deixando que o leitor optasse pela forma que lhe aprouvesse – recordou a prodigiosa memória de Padre Prata.

Padre Prata e eu somos colegas articulistas desde a primeira edição deste jornal e escrevíamos mesmo antes, quando ainda era Correio Católico. Somos, ambos, articulistas com 44 anos de Jornal da Manhã.

Nossa conversa me remeteu ao livro A Princesa do Sertão no comando de um Libanês, de Luzia Maria de Oliveira e Silva, mestra em História pela Universidade Federal de Uberlândia, professora aposentada da Rede Estadual de Ensino e professora de História do Colégio Nossa Senhora das Dores. A obra escrita por Luzia destaca as benfeitorias em nossa cidade efetivadas por Whady José Nassif (o libanês a que se refere o título) – primeiro prefeito nomeado de Uberaba e, até hoje, nosso único prefeito libanês.

Segundo Luzia, a derrubada das palmeiras imperiais foi determinada pelo prefeito. “Circundada por palmeiras que lhe davam um ar aristocrático, lembrando as palmeiras imperiais de D. Pedro II, a praça mudou totalmente de aspecto com o corte das palmeiras, autorizado pelo prefeito. Segundo o depoimento de uma de suas cunhadas, ele as cortou porque uma delas havia caído em cima de um rapaz e o teria matado. E, como a maioria das palmeiras estava com problemas nas raízes, optou por cortá-las.”

Talvez os problemas tenham se somado, e a morte do rapaz tenha sido a gota d’água para que Whady decidisse acabar com as magníficas palmeiras. E, com o corte delas, foram-se os mandruvás, os problemas nas raízes e a lembrança da morte lamentável do rapaz.

O livro da professora Luzia Maria, fruto de diligente pesquisa, descortina a transformação de Uberaba na gestão do prefeito Whady Nassif e é digno de meticulosa apreciação, particularmente a dos uberabenses. E o ilustre amigo Padre Prata e eu aqui vamos revivendo nossas histórias e as de tantos artigos que já brotaram de 88 anos (44 dele, mais 44 meus) de ideias especialmente para este jornal.

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