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Desarmamento? Todo cuidado é pouco!

Caro leitor, questão tormentosa essa do desarmamento. Toda vez que a questão entra em debate...

Leuces Teixeira
Publicado em 23/06/2016 às 08:26Atualizado em 16/12/2022 às 18:23
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Caro leitor, questão tormentosa essa do desarmamento. Toda vez que a questão entra em debate, o “bicho pega”, e como pega; confesso que não tenho uma posição bem firmada, alicerçada, convicta sobre andar ou não armado. Esclareço, primeiramente, que no nosso país ocorre em torno de 60.000 homicídios por ano, casos registrados, sem mencionar aqueles à margem de qualquer registro; com base técnica em estudos feitos pelo mundo afora, é tolerável o percentual de dez homicídios ano para cada grupo de 100 mil habitantes.

Nesse sentir, tomando por base a nossa cidade, temos em torno de 330 mil habitantes, daí, em consonância com o acima mencionado, o suportável seria em torno de 33 homicídios por ano aqui, em nossa Uberaba. O que vem ocorrendo no dia a dia? Algo em torno de 70 homicídios por ano, o dobro do desejável, se é que desejamos uma tragédia dessa dimensão.

O que fazer? Armar a população na modalidade libera geral? Descriminar a conduta do porte e posse ilegais? Evidentemente que não! Quem deve e precisa andar armad a polícia e as autoridades encarregadas da manutenção da ordem pública. Armar o cidadão sem qualquer preparo técnico, psicológico e emocional, numa sociedade como a nossa! Caso isso aconteça, não tenho dúvida alguma de que os números apresentados sofrerão aumentos significativos. Agora, como está, e como determina o atual Estatuto do Desarmamento, acredito que não pode permanecer. Explicand quem tem porte nos dias atuais? Somente os bacana$, aqueles que têm dinheiro de sobra para pagar os altos custos das taxas existentes, inclusive de renovação, sem mencionar o fato da tal influência pessoal.

Digo mais, no tocante à posse dentro de casa, na propriedade rural, no estabelecimento comercial, as exigências deveriam ser menores. Defendo a tese de que, nas situações mencionadas, o cidadão pode ter o que bem entender. O cidadão de bem, o homem do campo, o comerciante, dentre outros, estão totalmente indefesos, à mercê de bandidos inescrupulosos, cruéis, covardes, capazes de quaisquer atrocidades para satisfazer sua vontade. O lar, a propriedade, a família, a liberdade, o trabalho, a vida, são bens sagrados para ficar nas mãos dessas bestas feras.

Noutro giro, vamos analisar a questão da segurança em nossa cidade. Ouço que, nos idos de 1980, tínhamos em torno de 700 policiais, talvez mais. Hoje, ao que me consta, temos em torno de 500. Já ouvi dizer – com a palavra as autoridades constituídas – que nas noites zebuínas, temos na ativa, fazendo ronda pela urbe, um número de pouco mais de 40 policiais. Verdade? Mentira? O que posso dizer? Qual a verdade!? Verdade é que a violência aumenta dia após dia, os homicídios, idem.

Nós, cidadãos de bem e do bem, trancados dentro de casa, cumprindo nossa pena em regime semiaberto; já no período noturno, em regime integralmente fechado. Alguma coisa tem que mudar nesse nefasto Estatuto do Desarmamento.

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