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O novo

Estamos vivendo uma fase de grandes renovações em todos os campos da vida...

Karim Abud Mauad
Publicado em 08/06/2016 às 20:17Atualizado em 16/12/2022 às 18:34
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Estamos vivendo uma fase de grandes renovações em todos os campos da vida, seja no meio ambiente, na área social, na área econômica e na política.

Na área econômica começam a surgir expectativas de reaparecimento de um ciclo econômico de pequenos percentuais de crescimento, nada próximo da primeira década do século, mas com a esperança de pararmos estes anos de encolhimento e, principalmente, no curtíssimo prazo, a tentativa de zerar este estado de calamidade econômica que estamos vivendo, no país todo, com desemprego, juros altos, redução drástica do consumo, inflação elevada. Uma situação do passado, que achávamos ter superado desde a implantação do Plano Real em 1994.

Uma época em que voltávamos a sonhar com ganhar Copa do Mundo e não termos derrotas e até empates com a seleção que nos fazem ficar distantes do futebol canarinho.

A inflação dos alimentos é o símbolo desta etapa de carestia, junto com os serviços de preços administrados (água, energia e combustíveis...), passando pelas tarifas e juros bancários. Um turbilhão de preços incompatíveis com a renda média das famílias uberabense, mineira e brasileira.

Na mudança provisória em curso no país, onde vivemos uma situação de interinidade presidencial, temos um período de acertos, alguns erros, mas principalmente de esperança de novo cenário e ambiente para  este novo ciclo econômico.

Entendo que o caminho da redução da participação pública na economia é fundamental para este processo.

A redução da dívida pública e a busca por eficiência na gestão destes recursos são vitais para o resgate dos grandes investidores privados na economia.

Acredito no aquecimento e retomada do trabalho por investimentos nas nossas necessidades de infraestrutura, logística e no apoio maciço aos produtores rurais, pois aí estão os alicerces deste novo tempo.

Investimento, assim como o consumo, são decisões da razão, com componentes técnicos de valor, prazo, retorno e prestação que passam por um componente emocional ligado à propensão de correr riscos, nestes casos calculados, mas que envolvem crenças de acreditar que o ganho será maior e a renda garantida, no investimento e no consumo respectivamente. Assim se torna fundamental que as medidas anunciadas pelo novo governo realmente sejam factíveis para os investidores e consumidores. Este é o ponto central da crença.

Deslizes aqui, nomes errados acolá, aumentos não entendidos no caminho, elevação de carga tributária no futuro, não ajudam em nada nesta percepção e dificultam os novos movimentos destes agentes econômicos.

Não falei em câmbio e bolsa de valores por entender que esta é a ponta do mercado que sinaliza todo o norte para erros e acertos. Ela é visível e imediatista e não necessariamente atende ao capital produtivo de longo prazo. Daí surgirem expressões como economia virtual e economia real.

Importante lembrar que vivemos na era do conhecimento, onde tecnologias e inovações são fundamentais para a manutenção destes processos, aliados à necessidade de se buscar permanentemente a sustentabilidade de processos e produtos.

Este é o novo a ser perseguido no campo econômico, às vezes não tão novo, mas ainda não implantado. Bem-vindo ao Novo, sempre e em todas as áreas da vida e da sociedade.

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