Amnésia

Atestada por médico do PT, recebeu pouca atenção da imprensa a amnésia de Lula, que é mais uma aposta ridícula para impedi-lo de depor e tentativa de livrá-lo das garras afiadas da República de Curitiba, da qual ele tem medo, conforme declarou à companheira Dilma. Na peleja por livrar-se do juiz Moro, Lula quis tornar-se Ministro. Sem sucesso. Agora experimenta a manobra da amnésia. Examinado por médicos competentes, o problema poderá não ser constatado. Será mais um vexame.

Gravações de arrogantes declarações estapafúrdias reavivar-lhe-iam a memória de ter dito que não existe viva alma no Brasil mais honesta que ele e “se me prenderem, vou virar herói; se me matarem, vou virar mártir e se me deixarem vivo, vou virar presidente”. Um cidadão o corrigiu: Se o prenderem, será presidiário e se o matarem, defunto. Resta saber se seria reeleito. Lula também disse: “Irei colocar meu exército nas ruas”. Hoje, homens de vermelho invadem propriedades, obstruem rodovias com pneus, impedem o trânsito, fazem passeatas (nem sempre ordeiras). Participantes dessa aguerrida facção não têm renda própria, mas de onde brota o dinheiro que sustenta esse exército é um enigma que a amnésia de Lula não lhe permite elucidar.

A amnésia verdadeira tem vantagens: Lula não se lembrará de nada. Se condenado, atrás das grades acreditará estar no belo sítio de Atibaia ou no apartamento de cobertura, que jamais foram dele. Não reconhecerá esposa e filhos. E, como ex-palestrante, cessarão as fortunas por admiráveis palestras, tão ao gosto de empreiteiros. O indiscutível e eloquente líder sindicalista controlou massas, estádios cheios; depois, já como palestrante, em salas confortáveis, dirigiu-se a finos e cultos especialistas, que bebiam ensinamentos do mestre na fonte. Convenhamos: essa atividade de palestrante foi uma guinada e tanto na sua vida!

Constatada a amnésia, Lula não poderá depor. Então, ou será condenado, caso seja culpado, ou sua condenação definitiva será a amnésia, que o invalidará para a presidência. Notavam-se sinais de esquecimento desde o mensalão, pois Lula não sabia de nada. Quanto mais se intensifica a amnésia, mais se afunda na lama o cidadão antes reconhecido internacionalmente como líder.