Já estamos em maio de 2016 e podemos perceber com clareza o tamanho do impacto que a má gestão política trouxe a cada um dos brasileiros, em todas as classes sociais.
Acompanhando o processo de Impeachment no Senado Federal, passo a passo, desde a conclusão emitida pela Câmara dos Deputados, foi fácil perceber que o Governo Federal não soube utilizar a verba orçamentária previamente aprovada, gastando além do previsto, e o pior, por diversas vezes, valeu-se de verbas suplementares junto às instituições financeiras públicas (Caixa Econômica, Banco do Brasil, BNDES, FGTS) sem autorização prévia. Resultado disso, uma dívida pública superior a 50 bilhões de reais. Este ato, por si só, configura improbidade administrativa, tenha o agente público agido ou não com má-fé ou dolo intencional.
O administrador público, especialmente o chefe do Poder Executivo, tem por missão principal exercer com probidade a gestão das verbas pagas, com suor, por cada cidadão e empresário. Esta é a missão principal, independentemente da cor da camisa de seu partido, pois, antes de mais nada, deve zelar por seu papel fundamental de administrar o orçamento brasileiro. Se não tem competência para tanto, a própria Lei cuida de criar mecanismos para afastar esse gestor.
Os sintomas desse desmazelo são vistos nas ruas, bastando andar em setores comerciais para ver o grande número de lojas que fecharam suas portas. Basta verificar o percentual de pessoas desempregadas e comparar a números anteriores. Onde estão os novos projetos de construção de shoppings, prédios comerciais e industrias? A opinião de muitos é que o Brasil, literalmente, parou.
No ramo de prestação de serviços, o impacto não é diferente do empresário. Pergunte a um médico, dentista, engenheiro, arquiteto ou advogado se ele sentiu ou não o impacto da crise política?
O impacto da má gestão pública vem justamente da forma como o Executivo trabalha sua verba orçamentária. Se gasta mais do que estava previsto, acumula dívidas e, com isso, não consegue arcar com suas obrigações básicas, principalmente aquelas ligadas à saúde, educação e segurança. Afinal, há ou não atraso no repasse de verbas do SUS, por exemplo?
Em uma Democracia, o governo é do povo e é justamente ele, através de seus representantes, que irá verificar se o patrimônio e os recursos públicos estão sendo bem administrados.
O brasileiro é um povo trabalhador, dedicado, otimista e é ele que exigirá que sejam tomadas as decisões necessárias para tirar o país da grave situação em que se encontra, em todos os aspectos, reservando para si o fio de esperança de dias melhores. A força e o desejo de ordem e progresso sobrepõem a tudo, a tudo! Custe o que custar.
