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Acordolhar Balbúrdia

O setor de planejamento de trânsito da cidade sofre de total falta de coerência...

Esther Luisa Hercos Fatureto
Publicado em 03/05/2016 às 19:51Atualizado em 16/12/2022 às 19:03
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O setor de planejamento de trânsito da cidade sofre de total falta de coerência.

Na avenida Leopoldino usaram mãos de aço, a título de promover segurança para motoristas e pedestres, priorizando transporte público. Quem mora e trabalha na avenida teve que engolir todas as regras, ficamos sem estacionamento durante o dia, às vezes dirigimos mais de um quilômetro para fazer retorno, mas tudo em nome da segurança.

Na avenida Santos Dumont, as regras são outras, bem incoerentes, muito rígidas ou megabrandas, uma loucura total. Alguns sinaleiros permitem conversão à esquerda, outros, não. Sem a mínima lógica ou explicação, simplesmente não permitem e pronto. O motorista que dê uma volta enorme para virar da avenida para a rua Novo Horizonte, ou que dê outra volta para virar da avenida para a rua Onofre Cunha Rezende. Da avenida para a rua Epitácio Pessoa também tem que se virar ou pensar muito antes. Dá pra entender?

Agora, se quiser virar da avenida para a rua Terezinha Campos Waack, pode virar sem sinaleiro! Esta tríplice esquina é o retrato da BALBÚRDIA do planejamento de trânsito, uma total falta de segurança, risco de acidentes e atropelamentos. Na avenida Alexandre Campos, que é de mão dupla, permite-se estacionar dos dois lados e, quando chegam à avenida, os motoristas convergem para a pista que vai para o aeroporto, na maior tranquilidade, mesmo quando havia canteiro central; imagine agora, sem. Também o fazem os que descem pela rua ao lado.

Será que ninguém percebeu que necessita de um sinaleiro naquele cruzamento para facilitar o escoamento do fluxo do bairro São Benedito para a pista sentido aeroporto? Os motoristas têm que ir até a rua Dr. Ferreira ou rua Novo Horizonte para seguir nesse sentido. Pra mim, se não for teimosia, só pode ser burrice mesmo. Os motoristas vão fazer essa conversão mesmo sobre os tachões, e pronto.

Se a rua Terezinha Campos Waack fosse num sentido e a avenida Alexandre Campos, noutro, com sinaleiro na avenida, tudo seria lógico e seguro, como deve ser em planejamentos desse tipo.

O superintendente de Trânsito falou que é para atravessarmos a avenida nas faixas de pedestres, mas parece que ele não percebeu que existe uma distância enorme entre a rua Epitácio Pessoa e a rua Novo Horizonte. Quem vai andar tanto para atravessar no local certo? Muitos carros passam literalmente voando nesse trecho.

Que perda de tempo gastar tanto dinheiro e não promover mudanças de verdade. Vivemos num país onde, de verdade mesmo, são só os impostos que pagamos.

Lastimável!

 

(*) Médica especialista em Medicina do Tráfego e Oftalmologia

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