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Reforma política

Como cidadão e atento aos princípios que norteiam o Estado Democrático de Direito...

Paulo Leonardo Vilela Cardoso
Publicado em 20/04/2016 às 20:26Atualizado em 16/12/2022 às 19:14
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Como cidadão e atento aos princípios que norteiam o Estado Democrático de Direito, intriga perceber que muitos agentes políticos que nos representam parecem desconhecer as próprias razões de estarem ali, seja na bancada do Congresso, apresentando aquilo que deveria ser a “nossa” manifestação, e até mesmo no Executivo.

Neste domingo assistimos, como em uma final de Copa do Mundo, à votação pela aprovação, ou não, do processo de impeachment pela Câmara Federal e foi de assustar a manifestação de muitos, seja pela postura na defesa de seu voto, seja por narrarem algumas questões que sequer tinham relação com a matéria ali versada. O Brasil, literalmente, mostrou a sua cara.

O certo é que somos um país novo, cuja força política renasceu após a Constituição de 1988. Quando se fala em democracia, as bandeiras parecem tremular em ideologias partidárias diversas, seja para os liberais, socialistas, comunistas, sociais democratas, e até mesmo para aqueles que defendem uma posição mais radical do Estado, porém, quando se trata de poder ou permanência neles, o que se assiste é a uma espécie de homogeneização de ideias, uma espécie de centralização.

Atualmente, por exemplo, assistimos ao processo eleitoral americano, cuja força política esta concentrada em duas vertentes, os republicanos, conservadores, e os democratas, liberais. Não existem outras forças, bandeiras, ideais, mas sim um trabalho pela harmonização da política republicana e democrática. Nada mais além disso. No Brasil, ao contrário, por força da nossa própria Lei Maior, apresenta-se uma grande diversidade de ideais, e os partidos políticos em atuação carregam bandeiras com os mais diversos pretextos de atuação.

De uma forma ou de outra, este controle partidário precisa existir, e uma reforma política se faz urgente e iminente, sob pena de fragmentar o arcabouço que aí está, pois somente através dela teremos poderes harmônicos e independentes, de modo a manter a sua estrutura em bom funcionamento.

Por outro, lado, e já no campo de atuação dos poderes Executivo e Judiciário, algumas gravações reveladas durante a operação Lava-Jato mostraram que alguns atos perpetrados pelo ex-presidente Lula foram capazes de abalar e estremecer a independência dos poderes, como, por exemplo, aqueles que tentaram atingir os ministros do Supremo Tribunal Federal e até mesmo o Ministério Público.

Diante de tudo o que vem ocorrendo, a reforma política se faz essencial, urgente e necessária, a fim de garantir o futuro da nação e a harmonia entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

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