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Madre Anastasie, pregadora em missão

No ano do Jubileu Dominicano, as comunidades das irmãs dominicanas cantam a melodia...

Maria de Lourdes Leal dos Santos
Publicado em 17/04/2016 às 11:43Atualizado em 16/12/2022 às 19:17
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No ano do Jubileu Dominicano, as comunidades das irmãs dominicanas cantam a melodia de criada por Irmã Loreto Gerbrim: “Anastasie, nossa mãe e fundadora, vem florescer em cada uma de nós, transforma nossa vida, à luz de seu exemplo, pregadoras dedicadas à missão, Amém!”. O grande desejo é que Madre Anastasie reacenda em toda a Família Dominicana a chama do ardor missionári fiéis ao exemplo de Cristo e ao carisma de São Domingos, conhecer e experimentar a palavra de Deus na Verdade, anunciar a sua compaixão. Madre Anastasie, fundadora da Congregação das Irmãs Nossa Senhora do Rosário de Monteils, em Bor, na França, sempre assumiu junto às irmãs este trabalho apostólico, comprometido com a dimensão social. Priorizava o estudo como meio privilegiado para abrir os espíritos e os corações à Palavra. Ela tinha uma consciência crítica de seu tempo, um projeto de evangelização que respondia às necessidades de sua época e atenta à promoção humana. Assumiu a educação das crianças e adolescentes, principalmente dos empobrecidos. Primava pelo ensino de qualidade, com o cuidado com o ambiente escolar. Esses critérios permaneceram presentes nos colégios e creches da Congregação, que primam por uma educação integral pautada nos valores cristãos. Em 21 de abril de 1878, às vésperas da Páscoa, Madre Anastasie faleceu com 45 anos de idade. O ideal de Madre Anastasie foi referência nas ações das Irmãs. Avançou por novos continentes/países: Bélgica, Itália, África, Brasil, República Dominicana, China e Peru. Em cada canto do Brasil há uma marca dominicana, uma ação em prol da transformação social. Em Uberaba, marcaram presença nas áreas da educação e saúde, atuando em obras assistenciais como o Orfanato Santo Eduardo, até 1942. O Externato São José, fundado em 1940, proporcionou durante décadas o ensino gratuito às crianças de famílias carentes da cidade. Os professores do Externato eram as alunas bolsistas da Faculdade de Filosofia Santo Tomás de Aquino (FISTA). O Externato funcionou como classes anexas do Colégio Nossa Senhora das Dores até 1983. Em 1944, a elite socioeconômica e cultural uberabense ansiava pela criação de uma instituição de ensino superior que viesse proporcionar aos jovens a continuidade de seus estudos sem necessidade de sair de seu convívio familiar. Os Irmãos Maristas e as Irmãs Dominicanas, com o apoio decisivo do Bispo Dom Alexandre Gonçalves do Amaral, fundaram o Instituto Superior de Cultura, que reunia a elite cultural de Uberaba. Dom Alexandre e o professor de Literatura Santino Gomes de Matos ministravam as aulas. Em 1945, diante da consistência acadêmica da Instituição, fundaram a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Santo Tomás de Aquino. A mesma foi referência nacional até 1980, quando foi acampada pela FIUBE. Fazemos memória a Monsenhor Juvenal Arduini, nas comemorações dos 50 anos da Faculdade: “A FISTA não foi, a FISTA é! Ela continua viva através do testemunho e ação de seus ex-alunos e professores egressos!".

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