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“Bonzinho? Ele?”

Nem mesmo acabaram os Panetones das prateleiras dos supermercados e a “Globeleza” já aparece nua anunciando o carnaval

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 11/01/2016 às 08:35Atualizado em 16/12/2022 às 20:32
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 “Bonzinho? Ele?”

Nem mesmo acabaram os Panetones das prateleiras dos supermercados e a “Globeleza” já aparece nua anunciando o carnaval. Ainda não começou o calendário eleitoral e já tem provável candidato “cuspindo” no pires que leva nas mãos, detonando seus pares e a atual administração. É... isso é Brasil.

Participando de uma reunião no final de dezembro, escutei uma frase que me deixou intrigad “O Prefeito Piau? Ah! Ele é bonzinho!”. Na mesma hora meus pensamentos ferveram em questionamentos mil sobre a forma e dimensão daquela afirmativa feita com tanta convicção. Mas o que é ser um Prefeito “bonzinho”?

Será que ser “bonzinho” é ser um prefeito que está a serviço do município, conhece as necessidades da comunidade e resolve seus problemas? Seria um prefeito que não só administra com dedicação e seriedade, mas também presta contas de seu trabalho? Ou quem sabe um prefeito “bonzinho” é aquele que age com fidelidade ao seu povo, executando um programa de governo previamente elaborado, demonstrando capacidade administrativa, liderança política, bom conhecimento dos assuntos da cidade?

Chamam o Prefeito Paulo Piau de “bonzinho”, deve ser porque ele está sabendo enfrentar com sabedoria as crises financeiras que herdou de administrações anteriores, mantendo uma postura de diálogo e decisão no tempo certo, ouvindo a população e seus legítimos representantes.

Se “bonzinho” é ser honesto, não ser envolvido em processos de “mensalão” ou “mensalinho”, assim como saber valorizar seus comandados, dar prioridade à educação, saúde e segurança, ter presença contínua no município, trabalhar em equipe, saber dizer não quando necessário? Não tenho a menor dúvida que se ser “bonzinho” é ser um prefeito competente e educado, ele, Paulo Piau o é.

Precisamos de políticos “bonzinhos” como o atual Prefeito de Uberaba, que sabe diferenciar qualidades básicas de cestas básicas, assim como cumprir suas promessas de campanha, mantendo uma conduta ilibada, sem se envolver em condenações por improbidade administrativa e atos de corrupção.

Infelizmente, ainda encontramos aqueles que aceitam as falhas de caráter que o dinheiro esconde e a mídia disfarça.

É melhor ser chamado de Prefeito “bonzinho” como Piau, Luiz Neto, Marcos Montes, Hugo, Arnaldo Rosa Prata, etc., do que ser envolvido na “Lava-Jato”, ter passado nebuloso, ser chamado de “religioso” por ter sempre “um terço” nas mãos ou ser “o dizimista”, por causa dos dez por cento!

Hoje, é nítida a semelhança entre o câncer e certos políticos que querem ressurgir. Assim como o câncer é formado por células maléficas, alguns zumbis políticos são indivíduos inúteis e destrutivos, também possuindo uma capacidade metastática destrutiva, capaz de deixar um legado destruidor e mortal.

Se esses “politiqueiros malandros” soubessem como é bom ser “bonzinho”, lutariam por ser apelidados de “bonzinhos”, nem que fosse por simples “malandragem”.

(*) Marco Antônio de Figueiredo

Advogado e articulista

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