Início de ano e já assim bem no primeiro dia começam os sustos. A energia elétrica está mais cara para comerciantes e prestadores de serviços mineiros devido ao aumento na alíquota de ICMS de 18% para 25%, que vale também para vários outros produtos. A celeridade do governador petista em fazer aprovar seu projeto de aumento de impostos causou espanto até nos mais afoitos. Foi com muita sede ao pote, no afã de encher os cofres estaduais, sem querer saber se o combalido empresário mineiro aguenta pagar por mais essa conta.
Li no Jornal Folha de São Paulo que o Ministério Público Estadual de Minas Gerais deverá abrir investigação sobre o governador mineiro, face a uma representação que mostra suposta venda de votos de deputados estaduais na Assembleia Legislativa em troca de repasses do Governo. Um deputado estadual disse ter sido obrigado a votar pelo aumento do ICMS para não “jogar por água abaixo” obras em sua base. A história se repete. Já vimos esse filme antes.
Esse mesmo governador, insensível aos problemas dos cidadãos e trabalhadores honestos, é aquele que no passado, ao ficar desempregado por perda de cargo público, prestou consultorias à Fiemg recebendo para isso 1 milhão de reais, sem mais explicações e sem atraso. Ele, como se vê, não passa aperto. Aliás, companheiro está sempre pronto a ajudar companheiro, com o dinheiro do contribuinte, claro. Ainda pesa sobre sua figura a falta de explicação sobre um saque de 150 mil reais, 2 meses após vencer a eleição de 2014, numa operação que chamou a atenção do Coaf, o órgão que investiga movimentações bancárias acima de determinado valor. (Fonte: FSP).
Lembro-me que muitos aqui na nossa cidade comemoraram sua vitória com a certeza de que agora teríamos segurança, gasoduto, Hospital Regional e prestígio. Disso tudo, o que conseguimos? Quem for isento e informado, responda por favor. Além do envolvimento na operação Acrônimo que investiga corrupção grossa atingindo empresa da mulher do governador, o que vi de concreto foi uma manchete do nosso Jornal da Manhã anunciando que o Estado vai contratar empresas para dar suporte técnico às prefeituras mineiras de cidades de até 100 mil habitantes, na elaboração de projetos de infraestrutura e edificações. Sinceramente, isso me cheirou mal. Pra que isso? Essa é a grande prioridade do governo? Quantos mais perderão seus empregos, fecharão suas portas ou morrerão por violência urbana enquanto Sua Excelência se ocupa de sua defesa e ignora que a carga tributária absurda está espoliando o trabalhador mineiro que paga, paga, paga e não recebe nada em troca. Quanta sensibilidade, governador!
