Novo ano

O amigo recebeu incontáveis votos de boas festas e felicidades para o ano-novo. Mais um pouquinho e as festas já terão passado. O tempo avança rápido, e logo estaremos nos primeiros dias do novo ano. Um pouco mais e o ano nem mais será novo.

Não será novo, mas isso não importa. O que vale é que 2016 poderá ser um ano feliz, sem guerras ou necessidade de pessoas se tornarem refugiadas. Que a paz reine em regiões hoje conflitantes. Já não era sem tempo. E que as Farc, na Colômbia, depois de mais de duzentas mil mortes, selem um acordo com o governo, e todos experimentem a paz.

2016 será um ano de paz no trânsito. Motoristas estão conscientes de que é importante dirigir em velocidade moderada, respeitar a sinalização, evitar álcool e deixar o celular em férias enquanto dirigem.

Embora existam corruptos, haverá também justa punição para eles. Políticos votarão leis de interesse do país, que crescerá a olhos vistos. Haverá, portanto, abertura de muitas empresas, que gerarão empregos e riqueza, aquecendo a economia. E, mesmo que a crise continue, que ela represente uma oportunidade de mudança para melhor.

Governantes priorizarão o bem-estar do povo, garantindo-lhe saúde, educação e segurança. E diminuirão seus gastos, o que propiciará recursos para socorrer demandas do povo.

O novo ano será, enfim, portentoso. Em todas as áreas da atividade humana, imperarão a ética, a honestidade, o amor. Na verdade, quanto ao transcorrer do tempo, não há nada de novo; os dias continuam a se suceder e nossa vida continua a passar, como sempre. Entretanto, de acordo com o calendário que optamos por seguir – o gregoriano -, passaremos agora para o ano de 2016. E esse fato nos proporciona a agradável ilusão de que estamos, de alguma forma, num recomeço. Bom pensar assim, para que sintamos uma energia renovada tomar conta de nós e, com ela, uma esperança de transformação interior e exterior.

Movidos por essa esperança e com a colaboração de todos, 2016 poderá ser o ano bom que imaginamos há pouco. Isso desde que todos assumamos que somos nós os responsáveis por empreender uma vida melhor para a sociedade. Desejar o bem é só primeiro passo; não é tudo. É preciso que sejamos também empreendedores e não esperemos que tudo de bom chegue até nós como um presente, mas que lutemos sem trégua para tornar o mundo melhor, mais justo, belo, sustentável e pacífico. O calendário gregoriano nos fez o convite. Então, vamos à luta.