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Este planeta azul!

Uma das primeiras informações sobre o Universo que os astronautas nos proporcionaram...

Ilcéa Borba Marquez
Publicado em 23/12/2015 às 20:17Atualizado em 16/12/2022 às 03:07
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Uma das primeiras informações sobre o Universo que os astronautas nos proporcionaram foi: a Terra é um planeta azul! Este conhecimento marcou positivamente nossa relação com ela. No espaço sideral existe um planeta azul – nossa Terra. Azul é a cor dos oceanos, da água, dos rios límpidos. Azul também é a cor do autocontrole, da maturidade, do desenvolvimento pessoal, da adaptação, portanto, é também a cor da ética e da moral. A cor azul é usada para simbolizar estes dons, como, por exemplo, no manto de Nossa Senhora. No entanto, nossa Terra também é o lugar das guerras, das atrocidades, das tragédias, das catástrofes, do fogo e da devastação. E nunca se viu um ano com tantos e tão grandes cataclismos: o Brasil está em crise – política e econômica –, as barragens estouram, o fogo destrói, políticos roubam, juízes vendem seus julgamentos, médico participa de pedofilia internacional – o caos se instalou definitivamente! O comentário repetido à exaustão é: 2015 precisa acabar logo, já basta!

E como a catástrofe desperta a solidariedade, esta passa a ser pauta do dia! Os movimentos sociais que arrecadam estão em alta; as solicitações se multiplicam e o povo se organiza para ser solidário. Também somos chamados para discorrer sobre estes temas: solidariedade e doação.

O dicionário informa-nos que: solidariedade é “relação de responsabilidade entre pessoas unidas por interesses comuns, de maneira que cada elemento do grupo se sinta na obrigação moral de apoiar o outro ou os outros” ou ainda “sentido moral que vincula o indivíduo aos interesses e às responsabilidades de um grupo social, de uma nação ou da própria humanidade”.

A possibilidade identificatória é a base de sustentação do ato solidário. Porque nos identificamos com o outro somos capazes de compartilhar o sentimento, somos capazes de sair da prisão do próprio eu e encontrar o eu do outro; ou seja, entrar na pele do outro, sentir o mesmo que ele. Assim ajudamos e comprometemos com alguém ou algum grupo, ou uma nação ou ainda a própria humanidade. O processo identificatório é possibilidade de entrada do outro no âmago do sujeit numa linguagem simbólica, é a porta de entrada por onde o outro penetra, transformando. Porque não somos ermitões solitários e isolados socialmente, buscamos os outros para viver a completude do encontro e desta forma nos abrimos, permitindo a penetração que cria e produz. Depois somos capazes de doar algo completamente nov um brinquedo, um alimento, uma vestimenta – uma nova vida!

(*) Psicóloga e psicanalista

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