Um prêmio Nobel para o Brasil

Anualmente, pessoas ou entidades que contribuíram para o bem da humanidade, em diversas áreas, fazendo pesquisas importantes, criando técnicas pioneiras ou promovendo a paz, recebem o mais prestigiado prêmio do mund o Nobel.

Alfred Bernhard Nobel, industrial sueco e inventor da dinamite, ficou chocado ao ver que um jornal noticiou a morte de seu irmão como se fosse a sua e idealizou essa premiação para que fosse lembrado. Então, em 10 de dezembro, aniversário de sua morte, são entregues os prêmios de Física, Química, Medicina, Literatura e Paz. As escolhas são feitas por entidades ligadas a cada setor. O Nobel da Paz é entregue em Oslo e os demais, em Estocolmo. O prêmio consiste em uma medalha de ouro em que está cunhada a imagem de Nobel, vultosa quantia em dinheiro e a certeza de o laureado ser lembrado para sempre por sua realização.

Embora muitos brasileiros tenham se destacado em seus setores de atividades com trabalhos e estudos científicos, o Brasil ainda não recebeu esse prêmio. Na verdade, falta inclusive dinheiro no país para financiar a educação e a ciência, dois caminhos que poderiam conduzir talentos a alcançarem um prêmio da magnitude de um Nobel.

Com o corte anual de 22,7 bilhões de reais no orçamento do governo, o Ministério da Educação foi o mais sacrificado. Uma surpresa para o povo de um país que acreditou ser uma pátria educadora, como prometera a presidente Dilma no início deste seu segundo mandato.

Estudantes que contavam com o Ciência sem Fronteiras ou cientistas que almejavam subsídios financeiros para suas pesquisas agora fazem o que podem com o pouco que têm. Uma alternativa (em meio à crise) que esses talentos têm encontrado para dar a volta por cima é “passar o chapéu” para arrecadar dinheiro, valendo-se da internet.

Talentos existem no Brasil. Infelizmente, o país está necessitando de uma reestruturação significativa e urgente. Até que isso aconteça, ideias, inovações, produções científicas e experimentos, que poderiam fazer a diferença, terão que caminhar por conta própria. E a possibilidade de um brasileiro receber um Nobel pode ter ficado ainda mais distante.