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Motoristas perdem o controle

Com certa frequência correm notícias dando conta que motoristas perdem o controle...

João Eurípedes Sabino
Publicado em 11/12/2015 às 20:44Atualizado em 16/12/2022 às 20:55
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Com certa frequência correm notícias dando conta que motoristas perdem o controle de seus veículos e colidem com postes, paredes, muros e outros anteparos. Aparentemente sem mais nem porquê, homens e mulheres são acometidos de mal súbito e, quando acordam, estão presos às ferragens de seus carros, deformados pelos impactos. Samu e Corpo de Bombeiros que o digam.

Os alvos dessas ocorrências desastrosas têm sido os da minha geração. Passamos dos sessenta e não queremos dar o braço a torcer, como se fôssemos vinte, trinta ou quarente anos mais novos. Com o tempo vamos perdendo o reflexo e achamos que só os outros envelhecem. Nunca nos colocamos no lugar de quem bateu o seu veículo e, como se estivéssemos imunes jactamos: “Comigo isso não acontece!”. Podemos ter um problema orgânico e não sabemos.

Alterações bruscas na pressão arterial, oscilações repentinas da glicose, efeitos colaterais de remédios, distúrbios neurológicos etc. e o próprio metabolismo, que já não é o de um jovem, cobram do idoso sem que ele possa responder à altura. Assim me alertaram médicos amigos. Um fator de natureza social de extrema influência, são os estressadinhos no trânsito que exigem celeridade de todos. No afã de atendê-los, os idosos, pressionados, são as vítimas e muitas vezes batem seus carros.

Dia desses um jovem chocou seu veículo contra a mureta central da rodovia BR 050. Segundo consta, a causa do abalroamento foi o sono excessivo. Esse, o sono, tem sido o vilão dos motoristas e, quando chega pra valer, nada o sacia. Para o sono, a cama. Para o excesso de sono, o acidente. Observem.

Precisamos ter senso crítico e, na estrada, não passarmos de uma e meia a duas horas ao volante. Mais do que esse tempo, vem-nos a fadiga, causando dores musculares, ansiedade e sonolência. Comida pesada, nem pensar.

O pior é quando a nossa teimosia não nos deixa parar num lugar seguro, fazer alongamentos ou uma pequena caminhada e até tirar um cochilo. São práticas que, se ignoradas, podem nos custar caro e o maior preço é a vida. Conclui-se, portanto, que na cidade ou na estrada, pode não parecer, mas é ela, a imprudência, que rege os acidentes.

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