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Paz

Assistimos horrorizados ao drama do povo francês vítima de uma série de atentados...

Márcia Moreno Campos
Publicado em 29/11/2015 às 19:02Atualizado em 16/12/2022 às 21:06
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Assistimos horrorizados ao drama do povo francês vítima de uma série de atentados terroristas na Paris de luz, a cidade mais visitada do mundo, enquanto as pessoas se divertiam em bares, show e jogo de futebol. Atos covardes, previamente planejados como vingança, demonstração de poder e ódio. Foi-se embora a paz dos franceses, substituída pelo medo e pelo estado de emergência e alerta vermelho de vigilância máxima.

Desde que o mundo é mundo, vivemos períodos de guerras sangrentas e devastadoras que só fizeram destruir, sem conseguir incutir na mente humana os benefícios da paz. O ser humano continua bélico, pouco diplomata, propenso a resolver tudo de forma violenta e traiçoeira. Conseguir paz é missão difícil, só afeita a grandes líderes. Para se ter paz é preciso ser estrategista e, acima de tudo, persistente. A começar pelo nosso dia a dia, que é repleto de conflitos que, se não solucionados diplomaticamente, se transformam em contendas, agressões e violência. Enfrentamos problemas que vão desde o trânsito complicado, com seus motoristas imprudentes, burocracias paralisantes que nos tiram do sério, sons altos e perturbadores, até preocupações mais graves com familiares, emprego, desavenças amorosas, discordância com vizinhos, incompetência generalizada e falta de comprometimento. Pequenas e grandes coisas que nos desestabilizam e nos roubam a paz. A linha que separa um dia tranquilo de um tumultuado é tênue e depende de nós. Construir a paz individual é importante para pleitearmos a paz mundial. Se trocássemos a vaidade do “fazer” pela alegria do “realizar”; a fofoca maledicente pela transparência do gesto; o xingamento pela gentileza; a arrogância e o autoritarismo pela empatia e pelo diálogo, estaríamos seguramente caminhando em direção à paz. Paz de consciências tranquilas, do viver na verdade, de mãos unidas, do bem como meta, do respeito a princípios éticos não manipuláveis.

A paz que eu procuro e desejo passa pela reestruturação do ser humano e pela derrubada de ideologias que acirram os ânimos e destroem vidas a propósito de obediência cega e da verdade única. Busco a paz do dever cumprido, da sensatez no agir, da gentileza e do sorriso sincero, própria de pessoas do bem.

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