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Intolerância

Estamos cercados, acuados e horrorizados com as cenas de terror e violência escancaradas...

Fernando Hueb de Menezes
Publicado em 19/11/2015 às 19:55Atualizado em 16/12/2022 às 21:15
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Estamos cercados, acuados e horrorizados com as cenas de terror e violência escancaradas nos noticiários. O medo tomou conta da sociedade. A vida parece estar banalizada. Não existe mais discernimento nos atos de agressão. Se morrer, morreu. Simples assim. Somos reféns de uma sociedade descontrolada, desregrada e intolerante.

Difícil saber, ao certo, o que torna o ser humano tão destrutivo. Alguns atos se referem a movimentos religiosos radicais. Outros a interesses econômicos ou, ainda, a busca incessante pelo poder. Em todas as esferas, há um estado inexplicável de alienação, impossível de ser contido, desencadeando uma verdadeira barbárie, ceifando vidas de seres inocentes, isentas desse contexto.

Qual a origem? Seria a falta de diálogo? Falta de compreensão? Em menor proporção, mas com intensidade preocupante, a violência está contida nos acontecimentos corriqueiros. O comportamento das pessoas nas discussões políticas, por exemplo, demonstra um grau de intransigência e severidade que ultrapassa os limites da decência. Ataques e ameaças aguçam o instinto imoderado do indivíduo, podendo desencadear, em cascata, atos de violência mais severos.

Também nos eventos esportivos, que deveriam proporcionar apenas diversão aos frequentadores, pessoas estão morrendo em ações de brutalidade descabidas e inexplicáveis. A paixão por um time de futebol sobrepõe o amor ao próximo, transgredindo os direitos de escolha de cada um, obrigando ao torcedor ponderado omitir sua opção por algum lado.

A sociedade não merece viver nesse ambiente hostil. Não sejamos ignorantes. Como bem disse meu grande amigo Fabiano Elias em publicação na rede social: “O fogo não nasce grande! São de pequenas fagulhas que nascem os grandes incêndios! Não adianta pregar o massacre e depois se dizer solidário às vítimas!”

Não somos inflexíveis. Pelo contrário, como seres racionais, podemos modificar nossa estrutura consciente. Que cada um faça um exercício de reflexão. Que avalie suas atitudes, que modere suas palavras e que analise as consequências. Façamos o plantio com sementes de bondade para que possamos ver erguer árvores estrondosas de amor!!

(*) Professor e Pesquisador da Universidade de Uberaba. Chefe de Gabinete da Prefeitura de Uberaba

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