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Problema

Problemas, probleminhas e problemões: ou os enfrentamos, tentando uma solução...

Mário Salvador
Publicado em 20/10/2015 às 20:01Atualizado em 16/12/2022 às 03:14
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Problemas, probleminhas e problemões: ou os enfrentamos, tentando uma solução, para tranquilizar o espírito, ou os abandonamos, na esperança de que se resolvam com o tempo, ou ainda arcamos com as consequências de não tentarmos uma solução. Parece impossível viver sem os problemas. Mas nenhum deles deveria ter o direito de nos tirar o sono.

A propósito, uma esposa notou o marido insone, nervoso. Perguntou o motivo e ele esclareceu que devia uma importância ao vizinho, a vencer no dia seguinte, de manhã, e ele não tinha como pagar. Resoluta, a esposa telefonou para o vizinho, naquela horinha, ainda de madrugada: “Meu marido deveria pagar uma dívida ao senhor. Certo? Pois aviso-lhe que ele não tem como pagá-lo”. Estupefato, o marido foi acalmado pela esposa: “Pronto! Pode dormir. Agora quem vai ficar acordado é o vizinho”. Transferido para terceiro, ao menos temporariamente o problema ficou resolvido.

Brincadeiras à parte, para fazermos valer nossos direitos em problemas muito encrencados, às vezes, precisamos buscar a Justiça. Porém há problemas realmente simples, que resolvemos assim que surgem, por exemplo, quando necessitamos fazer opção por alguma roupa adequada a um compromisso ou quando temos que escolher o cardápio de nosso almoço.

E o que não é problema para alguns para outros pode ser um problemão. Um ganhador de uma bolada na loteria, por exemplo, pode, de repente, ficar desnorteado com a nova situação e precisar ser assessorado para lidar com sua fortuna. A Caixa Econômica sabe dessa “triste dificuldade”, por isso tem um programa de aconselhamento para ganhadores que necessitem de orientação. Infelizmente, em matéria de finanças, na verdade, a fila dos que penam por falta de dinheiro é bem maior do que a daqueles que não sabem como aplicar sua fortuna.

E o que parece óbvio nem sempre o é: mesmo sabendo que não se pode abusar do dinheiro, há quem faça compras sem controle de gastos, comprometendo o orçamento doméstico. São milhões de inscritos em órgãos que registram maus pagadores. Nós todos estamos nessa situaçã o Brasil, vejam só, em razão dos gastos exagerados de autoridades, hoje está arrolado como “país com certo risco para aplicações financeiras”. E, pior, quem nasce no Brasil já nasce devendo, querendo ou não.

É fat não precisamos procurar pelos problemas: nossos dirigentes os estão criando para nós. E somos nós que pagamos pelos erros desses dirigentes, mesmo com o número de assessores que pagamos do nosso bolso para os dirigentes não cometerem nenhum erro. Centavo por centavo. Compulsoriamente. E agora, vamos tentar dormir como tentou o senhorzinho da historinha que contamos lá atrás.

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