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Letras e Artes - 2ª parte

Nossos anfitriões araguarinos levaram-nos inicialmente ao majestoso Palácio...

Ilcéa Borba Marquez
Publicado em 14/10/2015 às 19:01Atualizado em 16/12/2022 às 21:49
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Nossos anfitriões araguarinos levaram-nos inicialmente ao majestoso Palácio dos Ferroviários – antiga sede da Estação Ferroviária de Goiás, em estilo eclético, erguido num nível elevado em relação à rua, o que privilegia sua importância histórica e urbana. À sua frente, liberando a imaginação, vemos pessoas, famílias, crianças e velhos apressados para “não perder o trem”, viajando em direção ao interior do Brasil. Quanta facilidade para o comércio, a comunicação e a integração nacional, fator essencial à formação de uma identidade do povo brasileiro, já, sabidamente, produto de várias etnias. Os documentos, fotos e peças em exposição no museu sustentam nossas crenças.

Em seguida, fomos à Sede do 2º Batalhão Ferroviário – Batalhão Mauá –, onde fomos recebidos pelo Comandante da Unidade, Cel. Guilherme Langaro Bernardes, que nos aguardava, em plena tarde de sábado, para uma confraternização, aproximando pelo diálogo espontâneo os representantes culturais e os militares. Além da delicadeza de nos servir um delicioso lanche, houve a distribuição de um informativo, elaborado especialmente para a ocasião, da história das locomotivas Paraguaçu e Rio Negro, estacionadas agora em definitivo no pátio, ilustrando presencialmente o já vivido. No museu vimos documentos, relíquias, atas de reuniões e fotos em que reconheci o corajoso mineiro Juscelino Kubitscheck de Oliveira, presidente que, ao construir Brasília – Capital da República no interior de Goiás –, deu sentido de profundidade à nação.

Subir e descer tantas vezes na Van que nos transportava foi “prova de excelência física”, em que todos foram aprovados; assim também conhecemos o Museu Dr. Calil Porto e vivenciamos melancolicamente a ausência da antiga “Ventania”, como era chamada a atual cidade araguarina.

A decisão de realizar reuniões conjuntas contempla contradição ao unir pelos laços de amizade e, ao mesmo tempo, estabelecer diferenciações. Em Araguari a escolha do nome – Academia de Letras e Artes de Araguari – define um propósito, pois ali a arte é levada no seu sentido amplo, congregando a arte de escrever prosa e poesia e a arte musical em instrumentos variados e canto. Desde o primeiro momento, na própria abertura das atividades do dia, fomos brindados com a execução do Hino Nacional ao piano, por Regina Duarte. Depois, já na sede da Academia, a Gervania José de Deus apresentou um número ao acordeom, seguida pela apresentação conjunta de Eurípedes Napolião e Gessy Carisio de Paula (aluno e professora), finalizando com o canto “Amigos para Sempre”, por Janice Lelis Gondim Borges. O acadêmico Edmar Cesar Alves abriu-nos suas portas, guiando-nos ao interior da sua casa para um almoço com toda sua adorável família. Um dia glorioso, do qual saímos certos da “Vitoriosa” empreitada: enriquecimento vivido e pressentido e identidade assegurada.

(*) Psicóloga e psicanalista

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