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Letras e Artes

Talvez muitos mineiros percam o trem, mas a máxima sobre mineiridade fala...

Ilcéa Borba Marquez
Publicado em 30/09/2015 às 19:07Atualizado em 16/12/2022 às 22:02
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Talvez muitos mineiros “percam o trem”, mas a máxima sobre mineiridade fala o contrário; sendo assim, a fama de preocupação excessiva com o horário de partida do trem obriga-nos a estar sempre adiantados. Este último sábado não foi exceção e como deveríamos nos encontrar na praça às 8 horas para o início da viagem, às 7h30 já chamamos o táxi e, surpreendentemente ele estacionou na porta de casa em 15 minutos. Chegamos no horário combinado e mais duas companheiras – Aní e Iná – já estavam no ponto. Aos poucos todos estavam lá prontos para o início da viagem com as imprescindíveis “garrafinhas de água”.

A ida foi só alegria expectante, muita conversa e animação. As dificuldades aconteceram já na entrada, pois ninguém sabia como chegar ao endereç Casa da Cultura – Araguari. Até o GPS deu-nos direção contrária e a orientação correta veio de dois adolescentes que caminhavam despreocupadamente pela cidade. Finalmente vimos o prédio – Casa da Cultura – agora só restava descer da van, vencendo os perigosos degraus que nos colocariam em chão firme.

Logo reconhecemos um rosto e um sorris era a Gessy que nos acolhia com sincero “sejam bem-vindos!” A pontualidade da chegada possibilitou encontrar a sala já repleta de personalidades locais e membros da Academia de Letras e Artes de Araguari. Foram inúmeras apresentações, abraços e trocas de presentes. Num momento uma simpática senhora me diz: – Eu já conheço você, talvez você não se lembre, mas sou mãe de uma ex-aluna e já nos encontramos antes. – Qual aluna? – Monica Scalia Passos, hoje ela trabalha e tem bons resultados que acompanho de perto. Que alegria! Boas lembranças me invadiram: uma ótima aluna de quem nunca esqueci nem mesmo o nome. - Por favor, abrace-a por mim!

A agenda era pesada e assim logo demos início à palestra: “A importância e influência da ferrovia para o Triângulo Mineiro”, proferida pelo acadêmico Edmar Cesar Alves, que se prontificou a aprofundar e debater o tema numa outra ocasião, já que nossos compromissos eram muitos e com horários cronometrados. A diretora da Fundação Cultural recebeu-nos e se despediu não sem antes lembrar que o local onde funciona a Casa de Cultura, hoje abrigando espaço teatral e oficinas de artes, foi antes a Cadeia Pública onde ainda vemos o majestoso Portão de Ferro na entrada e, talvez, ouçamos os “ais” de sofrimento e muita dor emitidos pelos torturados presos como “Os irmãos Naves” – o erro judiciário de maior repercussão no Sudeste brasileiro, cujo livro escrito pelo advogado João Alamy Filho e prefaciado por Gessy Carisio de Paula, ambos da ALTM, foi-me presenteado por ela e agora disputa um lugar na minha mesa e um enorme interesse em lê-lo antes de qualquer coisa. Saímos em cortejo, dando início a uma série de visitas que será tema do próximo artigo.

(*) Psicóloga e psicanalista

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